Marco Blanes, da KYB, analisa o futuro da empresa e a estratégia que está a desenvolver, tendo em conta as mudanças constantes no aftermarket.
Quais são os principais desafios que as marcas do aftermarket enfrentam para o futuro?
O futuro é agora, e os principais desafios que enfrentamos atualmente são as importantes mudanças que têm vindo a ocorrer há algum tempo neste setor: plataformas de vendas online, fabricantes de carros como novos players no aftermarket e as importantes mudanças tecnológicas, tais como o carro elétrico, novos tipos de mobilidade, etc.
Como se estão a preparar para a eletrificação do automóvel?
Os carros irão continuar a utilizar amortecedores. Mas as mudanças em termos de peso e materiais forçam os engenheiros da KYB a trabalhar em novos projetos. Nas nossas fábricas, trabalhamos nisso há vários anos.
Que efeitos a eletrificação do automóvel poderá ter no futuro do aftermarket e nas empresas do aftermarket?
Em alguns casos, os efeitos serão mudanças muito importantes, às vezes radicais, pois terá que ser reinventado. Mas todos saberão quais mudanças e adaptações necessárias para não ficarem “fora do jogo”.
O futuro do aftermarket passará pela cada vez maior concentração da atividade em grandes grupos?
Tudo indica que sim.
Como avaliam o crescimento de empresas como a TEMOT, ATR, GROUPAUTO, NEXUS, GLOBAL ONE, etc.?
A concentração é um facto. Dependendo de cada mercado, chegará mais cedo ou mais tarde, mas chegará.
Que ferramentas digitais, em termos de acompanhamento técnico, a vossa empresa tem desenvolvido paras as oficinas?
Uma aplicação que permite às oficinas interagir com os clientes para disponibilizar um diagnóstico apoiado por imagens do estado dos seus amortecedores e as recomendações para conduzir de forma segura. E, também, o desenvolvimento de aplicações 360º que permitem à oficina saber qual a referência exata para cada modelo. Por último, vídeos tutoriais de montagem de amortecedores específicos para cada referência. Isto permite que as oficinas otimizem o tempo de trabalho.
Que desenvolvimentos estão a ser feitos pela vossa empresa no sentido dos veículos autónomos?
O mesmo que até agora; eles devem esperar o melhor produto e o melhor serviço a um preço competitivo e com a segurança de saber que um em cada cinco carros deixam as linhas de montagem com os nossos produtos.
Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 44, de maio de 2019. Consulte aqui a edição.