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DOSSIER Marcas do Aftermarket: “A mobilidade está a transformar-se”, Marta Alejos, Schaeffler

25 Novembro, 2019

A Schaeffler tem vindo a adaptar-se às novas realidades do aftermarket, conforme explicou à PÓS-VENDA Marta Alejos, Marketing Manager Automotive Aftermarket da Schaeffler.

Quais são os principais desafios que as marcas do aftermarket enfrentam para o futuro?

A mobilidade está a transformar-se e é necessário um constante desenvolvimento tecnológico que responda aos desafios que a sociedade e a legislação impõem. Neste contexto, os grandes fabricantes de componentes desempenham um papel decisivo e são os grandes protagonistas deste processo transformador, uma vez que são a principal fonte de inovação.

Como se estão a preparar para a eletrificação do automóvel?

No final de 2017, a Schaeffler criou a divisão E-Mobility para centralizar o desenvolvimento e produção de componentes de mobilidade elétrica. Esta divisão já desempenha um papel estratégico para o grupo. Com vendas que já tiveram um aumento de 34% em 2018, até alcançar os 500 milhões de Euros, o portfólio de mobilidade elétrica da Schaeffler inclui desde componentes a sistemas completos. A gama inclui transmissões para eixos elétricos de uma e duas velocidades, assim como eixos elétricos completos. Além de uma ampla gama de módulos para aplicação em híbridos suaves, totais ou plug-in.

Que efeitos a eletrificação do automóvel poderá ter no futuro do aftermarket e nas empresas do aftermarket?

Como é evidente, implicará uma mudança em muitos sentidos, mas será uma mudança gradual e que não irá afetar todos os elementos atuais, uma vez que continuarão a existir vários componentes. De qualquer forma, os efeitos dependerão da capacidade de cada empresa para se antecipar e para se adaptar às mudanças. Por isso, em linhas gerais, deveria ser vista como uma grande oportunidade.

O futuro do aftermarket passará pela cada vez maior concentração da atividade em grandes grupos?

A tendência para a concentração é evidente e, no papel, os grandes têm vantagem. No entanto, também é verdade que não se podem esquecer outros fatores, como a vantagem competitiva oferecida pela digitalização aos negócios mais pequenos, ou o peso a nível local dos fornecedores mais próximos, que oferece um elevado nível de serviço em pedidos urgentes.

Como avaliam o crescimento de empresas como a TEMOT, ATR, GROUPAUTO, NEXUS, GLOBAL ONE, etc.?

Dentro do REPXPERT, a Schaeffler concentra um amplo leque de serviços e ferramentas, em www.repxpert.pt. Aqui, o profissional pode consultar o catálogo, realizar pesquisas e aceder a todas as informações técnicas, desde instruções, conselhos ou vídeos a informações de serviço.

Que ferramentas digitais, em termos de acompanhamento técnico, a vossa empresa tem desenvolvido paras as oficinas?

A nossa aposta no mercado de peças de substituição é e continuará a ser primordial. Por isso, o que as oficinas independentes podem esperar não é muito diferente do que estivemos a oferecer até agora, e que resume perfeitamente a nossa marca de serviços REPXPERT: Formação, informação, assistência e ferramentas. Sobre esses pilares e sobre o nosso papel protagonista na indústria, a Schaeffler continuará a ser um parceiro tecnológico preferido para o aftermarket.

Que desenvolvimentos estão a ser feitos pela vossa empresa no sentido dos veículos autónomos?

“A aposta é o E-Mover. Um desenvolvimento próprio de veículo autónomo criado em torno do conceito do E-Corner Module, o sistema que integra motor, direção e chassis num único elemento. Este conceito, já operacional, foi implementado na plataforma do E-Mover, criada ad hoc para aproveitar ao máximo o espaço”.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 44, de maio de 2019. Consulte aqui a edição.

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