As plataformas da Pós-Venda celebram 10 anos de atividade. Para assinalar este marco, reunimos testemunhos de vários profissionais do aftermarket, entre eles Catarina Bastos, da Spinerg, que partilha a sua perspetiva sobre a evolução do mercado e os principais desafios do pós-venda automóvel.
O que está a suceder no negócio dos lubrificantes auto (aftermarket), era o que previa há 10 anos que estivesse a acontecer agora?
O cenário atual do aftermarket de lubrificantes revela uma transformação e inovação profundas, superando as previsões de há uma década. A eletrificação dos veículos e a consciência ambiental redefiniram as prioridades, que antes se centravam na otimização dos motores de combustão. A indústria respondeu proativamente, investindo em soluções tecnológicas e sustentáveis, tornando o aftermarket um ponto chave para a confiança e educação do consumidor.
Quais foram as principais alterações no negócio dos lubrificantes auto (aftermarket) nestes últimos 10 anos?
As principais alterações refletem a evolução da própria indústria automóvel e das exigências da sociedade. Destacam-se, entre outras, a tecnologia dos produtos, a sustentabilidade, a digitalização e a mudança do perfil do aftermarket, que se tornou mais exigente e orientado para soluções integradas.
Como é que caracteriza o momento atual do negócio de lubrificantes auto (aftermarket)?
O momento atual pode ser caraterizado como um período de transformação sem precedentes e de dinamismo intenso, onde a inovação e a adaptabilidade são fundamentais para o sucesso. Observa-se a coexistência de dois mundos interligados: a contínua otimização e inovação nos lubrificantes para motores de combustão interna, ainda a maioria do parque circulante, e a rápida ascensão e desenvolvimento de soluções específicas para veículos elétricos, que redefinem os parâmetros de desempenho. Por outro lado, a forma de fazer negócio tornou-se um elemento diferenciador. Os players do aftermarket procuram fornecedores de lubrificantes que facilitem recomendações precisas aos clientes, resolvam problemas rapidamente e forneçam formação sobre melhores práticas e tendências recentes. Nesse sentido, plataformas digitais, catálogos online, sistemas de recomendação e ferramentas de diagnóstico ajudam oficinas e distribuidores a encontrar o produto certo com rapidez e precisão, reduzindo erros e aumentando a confiança.
O que, no seu entender, poderá ter mais impacto no setor dos lubrificantes auto (aftermarket) durante os próximos 10 anos?
A transição acelerada para veículos elétricos e híbridos, com o consequente domínio e constante inovação dos e-fluids, será o principal fator de transformação do setor. Paralelamente, a sustentabilidade e a economia circular tornar-se-ão centrais, impulsionando bases renováveis, produtos com ciclo de vida alargado e processos de baixo impacto ambiental. A digitalização transformará a oferta, com manutenção preditiva e serviços baseados em dados que otimizam o desempenho e a durabilidade dos veículos, assim como a satisfação do consumidor.
Como perspetiva que será o negócio de lubrificantes auto (aftermarket) daqui a 10 anos?
Daqui a 10 anos, o aftermarket de lubrificantes será um ecossistema altamente especializado, com e-fluids dominantes para veículos elétricos e lubrificantes ICE ultra-eficientes e de nicho.









