Os lubrificantes, para todo o tipo de aplicações, têm conhecido desenvolvimentos notáveis. Mas ainda está muito por descobrir e desenvolver de modo a que os lubrificantes se tornem mais sustentáveis. É isso que a FUCHS e BASF estão a fazer.
Há mais de 10 anos que a FUCHS está a desenvolver e a implementar a sua estratégia de sustentabilidade como contributo para a proteção do clima na indústria de lubrificantes. A BASF, parceira de componentes de longa data da FUCHS, tem uma sólida história de sucesso na área de proteção ambiental. Com uma análise de eficiência ecológica (EEA) para diferentes fluidos hidráulicos baseados em óleo mineral, que a FUCHS realizou recentemente com a unidade global de negócios da BASF Fuel and Lubricant Solutions, as duas parceiras desenvolveram argumentos sólidos para uma avaliação de sustentabilidade de fluidos hidráulicos que é transversal, realista e factual.
Ao contrário da abordagem atual dominante – a abordagem “do berço ao portão” – que apenas avalia uma parte do ciclo da vida de um produto, nomeadamente a fase inicial até à sua produção, a avaliação de diferentes fluidos hidráulicos foi efetuada com uma abordagem “do berço ao túmulo”. Isto significa que foram avaliados os aspetos ecológicos e económicos dos produtos considerados ao longo de todo o ciclo de vida desde a aquisição das matérias primas sobre a produção e a fase de utilização até à eliminação. Na avaliação “do berço ao túmulo” de todos os produtos usados numa escavadora de rastos, os resultados da análise EEA revelaram, de forma notável, o reduzido impacto ambiental e a redução dos custos totais – sobretudo com a utilização do analisado fluido Premium HLP (óleo hidráulico multigraduado de alta performance) em comparação com um fluido HLP Standard (óleo hidráulico monograduado). A vantagem consiste em primeiro lugar na otimizada eficiência do gasóleo durante toda a fase de utilização. Esta melhoria na eficiência é alcançada através da otimizada eficiência volumétrica do fluido, do reduzido atrito e da reduzida taxa de circulação de massa do fluido. Desta forma, compensa claramente o impacto ambiental ligeiramente maior dos produtos na fase “do berço ao portão”. Assim, a melhorada eficiência de combustível resultou principalmente da maior eficiência de fluido do óleo hidráulico multigraduado especificamente pré-formulado.
“Com esta análise prestamos, em conjunto, serviços pioneiros na avaliação de aspetos de sustentabilidade na indústria de lubrificantes”, informa Lutz Lindemann, Diretor Técnico da FUCHS PETROLUB SE. “Apreciamos a competência abrangente à volta do tema da sustentabilidade e os métodos analíticos que a BASF introduziu para realizar este projeto comum em combinação com o know-how prático, realista e relevante na aplicação da FUCHS. Atualmente, a FUCHS e a BASF estão em diálogo sobre outras possíveis análises em conjunto, assim como sobre oportunidades de aplicação do sustentável portfólio de produtos da BASF em componentes para lubrificantes”.
“Sustentabilidade é um elemento central do nosso negócio”, acrescenta Julia Frey, vice-presidente do Business Management EMEA Fuel and Lubricant Solutions, BASF SE. “Como fornecedor líder de soluções para os setores industriais em que atuamos, o nosso objetivo é avançar, de forma contínua e em conjunto com os nossos parceiros, com a implementação de uma abordagem factual da sustentabilidade no setor de combustíveis e lubrificantes”. A análise é apenas um exemplo da importância extraordinária de uma avaliação “do berço ao túmulo” em comparação com uma avaliação “do berço ao portão” e também um exemplo da influência de um fluido hidráulico multigraduado especialmente desenvolvido e com um alto VI (índice de viscosidade) numa análise “do berço ao túmulo”.
Os fluidos analisados foram exclusivamente fluidos hidráulicos de diferentes qualidades com base de óleo mineral. Com a utilização de fluidos hidráulicos à base de éster, os chamados fluidos hidráulicos biodegradáveis (HEES) ainda podem ser esperados outros efeitos positivos para a EEA. Sabe-se que esses fluidos possuem VI altamente estáveis ao cisalhamento e que levam a atritos reduzidos em comparação com os fluidos standard à base de óleo mineral. Outra vantagem para o ambiente é serem biodegradáveis. Análises de fluidos à base de éster podem vir a ser o próximo passo.