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Grupos de retalho: O poder de competir

10 Agosto, 2021

O mercado do retalho de peças em Portugal está a reorganizar-se a passos largos. Não sendo a única, uma das faces bem visíveis dessa reorganização são os denominados grupos de retalho.

Há mais de dois anos que a revista PÓS-VENDA dinamizou um artigo sobre o desenvolvimento das redes de retalho em Portugal. A dinâmica do mercado permite perceber que alguns projetos que existiam a este nível deixaram de existir, outros nunca se conseguiram desenvolver e outros fundiram-se com outras organizações. Porém, a maioria dos projetos mantêm-se muito ativos e com um dinamismo enorme, tendo entretanto aparecido novas redes de retalho a operar em Portugal.

Cerca de 120 retalhistas de peças (que representam quase 160 balcões / armazéns de peças) estão neste momento integrados em Grupos de Retalho, o mesmo é dizer que a sua expressão no mercado, ao nível do número de balcões / armazéns de peças, não é muito expressivo (tendo em conta que existem cerca de 5.000 retalhistas de peças em Portugal), porém, em alguns destes Grupos de Retalho estão também alguns dos maiores retalhistas nacionais.

Outras entidades, presentes no mercado, dispõem também de redes de retalho próprias (algumas até bastante expressivas), embora não estejam formalmente organizadas como grupos de retalho. Outra tendência tem sido o crescimento  de alguns grossistas assumindo presenças regionais (expressivas em alguns casos), com unidades mais pequenas ou por via da aquisição de outras entidades ao nível das peças de maior ou menor dimensão.

O fenómeno dos Grupos de Retalho já extravasou as fronteiras, com a crescente presença de pelo menos uma empresa nacional em Espanha, como se regista também a entrada de uma empresa espanhola em Portugal, sem esquecer outros acordos existentes entre empresas de ambos os países, com reflexos evidentes no retalho de peças.

Todos estes conceitos, que envolvem o retalho de peças, vão continuar a evoluir nos próximos anos e até com uma tendência clara de agregação. Não quer isso dizer que o pequeno retalho desapareça, pois continua a existir em larga escala e o retalho de proximidade continua a fazer todo o sentido, por mais desenvolvida que esteja a logística.

Porém, é cada vez mais importante adicionar valor à peça que se entrega na oficina e isso faz-se através da disponibilização de conceitos oficinais (não é um exclusivo dos grupos de retalho), por facilitar o acesso a plataformas B2B, pelo apoio técnico (às oficinas), pela dinamização de campanhas comerciais mais atrativas, pela aposta em marcas próprias, pelas compras em “grupo” (melhores condições comerciais), pelo acesso direto aos fabricantes e, sendo assim, isso só pode mesmo ser garantido com os retalhistas dentro de Grupos de Retalho.

Consulte aqui o artigo completo.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 67 de abril de 2021. Consulte aqui a edição.

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