Há 30 anos, no dia 21 de abril de 1989, a Opel anunciava a decisão de se tornar no primeiro fabricante alemão de automóveis a oferecer de série catalisador de três vias em todos os seus modelos de passageiros – de Corsa e Kadett até Vectra, Omega e Senator.
Ou, como disse o Diretor-Geral da Opel, Louis R. Hughes, na conferência de imprensa daquele dia, em Bona: «A Opel é o primeiro fabricante a oferecer a melhor tecnologia a favor do ambiente como parte do equipamento de série de toda a gama, desde o modelo mais pequeno até ao topo de gama». Fiel ao seu lema de então “Do the unexpected”, a Opel foi ainda mais longe no propósito de tornar a nova tecnologia mais acessível e baixou os preços de vários modelos.
Hoje, a Opel continua a colocar o Ambiente no centro da sua estratégia. Todos os modelos de passageiros da marca alemã já cumprem a exigente norma de emissões Euro 6d-TEMP. E, em pleno arranque da transição para a mobilidade elétrica, a Opel está a preparar dois importantes passos: os lançamentos do Grandland X híbrido ‘plug-in’ e do novo Corsa com motorização elétrica a bateria. As encomendas abrem ainda este ano. Em 2024, todos os modelos da Opel terão uma versão eletrificada.
Do Corsa ao Senator: catalisador de três vias em todos os modelos
No início da década de 1980, a comunidade da engenharia automóvel convergia para o facto de que não existia alternativa ao conversor catalítico de três vias se o objetivo era reduzir tanto quanto possível as emissões de gases de escape. O catalisador de três vias reduzia as emissões nocivas em cerca de 90 por cento, contra apenas 50 por cento de um catalisador convencional, de duas vias, ou 60 por cento alcançados num motor de combustão pobre. A eficácia do primeiro era particularmente notada no que diz respeito à redução de 90 por cento na emissão de óxidos de azoto.
O modelo mais pequeno da Opel com catalisador de série foi o Corsa, logo em 1989, na versão 1.3 de 60 cv de potência, com injeção eletrónica de combustível. Um degrau acima surgia o Kadett 1.3 e depois os Vectra 1.6 (75 cv) e 2.0 (115 cv). No topo da gama estavam o Omega 2.0 (115 cv) e o Senator, este com propulsor 3.0 de seis cilindros em linha, em versões de 156 e 177 cv de potência. A oferta de uma gama completa equipada de série com catalisador constituiu o corolário de uma estratégia iniciada cinco anos antes, orientada para a proteção do meio-ambiente.
Resposta pronta aos desafios ambientais
Os primeiros anos da década de 1980 ficaram marcados pela consciência crescente da existência de chuvas ácidas e de florestas em declínio. As emissões de óxidos de azoto foram apontadas como uma das causas, tendo sido referenciadas indústrias e o tráfego rodoviário. A Opel decidiu, desde logo, assumir a sua quota-parte de responsabilidade na proteção do Ambiente e afetou mais de mil milhões de marcos alemães e centenas de engenheiros ao desenvolvimento de conversores catalíticos.
Só em bancos de ensaio e equipamentos de testes de durabilidade foram investidos 100 milhões de marcos. As novas instalações situavam-se numa torre de 13 andares, com isolamento acústico especial, onde as emissões podiam ser testadas em mais de 130 automóveis em simultâneo. As normas em vigor ditavam que, antes dos testes de emissões, cada automóvel teria que estar guardado durante pelo menos 12 horas num ambiente com temperatura entre 20 e 25 graus Celsius.
Numa fase inicial, grande parte dos catalisadores na Europa surgia como meras modificações de versões norte-americanas. A Opel foi o primeiro fabricante alemão a assumir o desenvolvimento de equipamentos devidamente adaptados às condições de utilização na Europa.
Catalisador de série, sem custo adicional
Alguns anos antes de anunciar que o catalisador passaria a fazer parte do equipamento de série de toda a sua gama, a Opel começou faseadamente a disponibilizar versões com aquele componente. O Corsa 1.3i foi o primeiro utilitário na Europa a ter uma versão ‘Kat’, em 1985. No ano seguinte a marca oferecia o novo Omega com catalisador, sem alterar o preço de venda ao público. Os lançamentos do Senator (1987) e do Vectra (1988) seguiram a mesma estratégia comercial. Registe-se que além do catalisador de três vias, todos os Opel possuíam filtros de carbono ativo para impedir a saída de vapores de hidrocarbonetos do depósito de combustível.