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Indicadores animadores para as vendas de usados na Europa

12 Maio, 2020

Em Portugal, segundo os dados Observatório INDICATA os sinais de uma retoma no mercado de usados ainda são muito ténues. Um dado na Europa, segundo o mesmo estudo, é que as vendas do diesel caem por toda a Europa.

Dois dos primeiros países da Europa (Alemanha e Áustria) onde o comércio automóvel está a sair do bloqueio total causado pela pandemia Covid-19 estão a ver os usados a recuperar rapidamente à medida que os consumidores começam a comprar carros como uma espécie de auto compensação emocional após o duro período de bloqueio, de acordo com o mais recente relatório do Observatório INDICATA.

A Alemanha viu o seu mercado de usados recuperar para 90% dos volumes de Março e a Áustria 80% depois de o comércio automóvel ter aberto as portas novamente nos dias 20 e 14 de abril, respectivamente, com o crescimento mais significativo vindo do segmento de carros desportivos em ambos os países, á medida que os consumidores começam a comprar carros como uma espécie de auto compensação emocional pós-bloqueio.

Países que sofreram bloqueios parciais, como a Holanda, a Suécia e a Dinamarca, registaram igualmente um retorno para 90%, 98% e 102% dos volumes de vendas pré-bloqueio com base no aumento da atividade económica e da confiança dos consumidores.

No entanto, o Director Global do INDICATA, Andy Shields, faz questão de sublinhar, numa nota de cautela para os restantes mercados europeus, nomeadamente os que ainda não saíram totalmente do bloqueio.

“As tendências que temos visto na Alemanha e na Áustria são muito positivas, mas podem não ser necessariamente extrapoladas para outros mercados com base em vários factores. Ambos são países ricos com economias resilientes e grandes reservas financeiras.

“Também sofreram menos infeções e mortes o que acarretou um efeito psicológico menos negativo nos consumidores, além de que, em geral, os seus bloqueios foram mais curtos e brandos do que em outros países. A Alemanha tem uma economia resiliente, como provou durante a recessão de 2009, onde o mercado de usado caiu apenas 5%, enquanto outras economias tiveram impactos no negócio de usados mais profundos e durante períodos muito mais longos.”

“Ainda é muito cedo para dizer como vão recuperar os grandes mercados de usados como os do Reino Unido, França, Espanha e Itália”, acrescentou.

Nos relatórios anteriores do Observatório INDICATA, a Suécia tinha sido o país mais resistente da Europa, com o bloqueio mais leve. Passou de 80% dos níveis de vendas anteriores, para 98% no dia 1 de Maio. Em Abril, os volumes de vendas da Dinamarca caíram para cerca de 60% de Março, mas com o abrandamento progressivo das medidas, o mercado recuperou e subiu para 102%.

Na Holanda, a confiança dos consumidores também está a regressar, com as vendas a recuperarem para 90% dos números do início de Março. Mas, apesar do crescimento das vendas, ainda não há movimentos significativos de preços a reportar em toda a Europa, mesmo nos mercados recém-abertos. A Suécia, o mercado mais aberto durante a pandemia, só viu os preços descerem 4,4%.

O INDICATA ainda não registou movimento nos grandes mercados bloqueados de Itália, Espanha, França e Reino Unido. Em mercados mais pequenos como Portugal e Polónia, e em menor grau, a Bélgica, existem alguns sinais de retoma lenta da procura sustentada pelos canais online e pelas redes de contactos dos comerciantes.

 Gasolina cresce em popularidade em toda a Europa

Uma tendência notável é o crescimento da popularidade dos carros usados a gasolina, híbridos e elétricos em detrimento do gasóleo. Todos os seis países que estão em fase de recuperação viram um crescimento dos automóveis usados a gasolina.

Na Alemanha, a oscilação do gasóleo para a gasolina foi de 6,2%, na Polónia a oscilação foi de 9,8%.

Entretanto, a Suécia registou um crescimento de 30% nos volumes híbridos e elétricos, contra uma redução de 2% nas vendas totais do seu mercado.

Aceda AQUI ao relatório completo.

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