Ver todas

Back

Indicata: Vendas de usados aumentam 12% em Janeiro

15 Fevereiro, 2021

Na Europa, o volume de vendas de automóveis usados aumentou 6,3% em Dezembro, mas desceu em Janeiro 16,4% em relação ao ano anterior. Já em Portugal, também de acordo com o Observatório Indicata, o novo ano prosseguiu com a dinâmica positiva, com as vendas a crescerem 12,4% em Janeiro.

Na Europa, o volume de vendas de automóveis usados aumentou 6,3% em Dezembro, mas desceu em Janeiro 16,4% em relação ao ano anterior. Todas as idades de veículos são impactadas à medida que os retalhistas lutam para garantir vendas online.

O Reino Unido (-40,4%), a Turquia (-25,1%) e Dinamarca (-22,7%) vêm a maior queda nas vendas em Janeiro em termos homólogos. Com forte crescimento das vendas de veículos usados em termos homólogos continuam Itália (+19,8%) e Portugal (+12,4%).

Veículos a gasolina (-21%) e a diesel (-19%) com quedas acentuadas nas vendas em termos homólogos. As vendas de veículos usados, em termos homólogos, dos BEVs (+111%) e híbridos (+58%) continuam a subir. As vendas de BEVs, no entanto, caem 1% em Janeiro, face a Dezembro.

O stock de veículos usados, para todos os mercados, em Fevereiro é 0,8% inferior ao do início do ano, mas 5,8% mais alto do que há um ano atrás.

Abrandamento nas vendas vê a rotação de stock para a região cair entre 5% (BEVs) e 17% (híbridos em todas as motorizações). Os automóveis com motores de combustão interna (ICE) (diesel 5.6x, gasolina 4.9x) continuam a vender mais rápido do que as motorizações alternativas (BEVs 3.4x, híbridos 3.8x).

Janeiro normalmente vê a procura de veículos novos ou de substituição disparar após um Dezembro tranquilo. Em Dezembro de 2020, as vendas de automóveis novos caíram apenas 3,3% com as vendas de automóveis usados a aumentarem 2,1 % face ao período homólogo. Infelizmente, não haveria qualquer vislumbre de esperança para o Ano Novo, com as vendas europeias de automóveis novos em Janeiro a cair em muitos países. Espanha viu as vendas em termos homólogos caírem 51,5%, Reino Unido (-39,5%) e Alemanha (-31,1%).

Embora Janeiro de 2021 tenha assistido a um aumento de 6,3% nas vendas de automóveis usados, em relação a Dezembro de 2020, a continuação da crise Covid-19 tem como consequência que 2021 está a repetir o mesmo padrão de 2020, com as vendas de veículos usados a caírem 16,4% em termos homólogos em todos os países que analisamos.
O recolher obrigatório está em vigor em França, Espanha e Itália. Comércio não essencial foi forçado a fechar na Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, e Portugal. E até a Suécia introduziu pela primeira vez uma nova lei de emergência que permite restrições relacionadas com o coronavírus.

Portugal

Apesar de ter havido alguns meses de baixo crescimento, as vendas de automóveis usados em Portugal cresceram ao longo da maior parte de 2020, desde a última queda das vendas em Maio de 2020. O novo ano prosseguiu com a dinâmica positiva, com as vendas a crescerem 12,4% em Janeiro, com base no crescimento de 17,7% em termos homólogos observado em Dezembro.

O sistema de tributação de veículos em Portugal favorece naturalmente os pequenos automóveis a gasolina e de baixas emissões, o que pode ser observado pelo crescimento das vendas de BEVs (+177%), híbridos (+67%) e gasolina (+36%) em comparação com as vendas de automóveis usados a diesel, que se mantiveram praticamente planas em comparação com o ano passado.

Os stocks continuam condicionados em Portugal, apesar de estarem a melhorar, com os níveis no início de Fevereiro de 2021 13,8% acima do ponto onde se situavam um ano antes.

As rotações de stock para o diesel (+4%) e híbridos (+3%) subiram um pouco em Janeiro comparativamente com o pré-COVID-19, no início de 2020. A rotação de stock dos BEVs tem vindo a aumentar de forma constante há vários meses, uma vez que a procura continua a aumentar e em Janeiro foi 70% mais alta do que no ano anterior, em 4,1x, mas os veículos usados a gasolina continuam a vender mais rápido, com a rotação de stock em 4,3x.

O início do ano viu o nosso índice de preços subir em linha com as tendências sazonais habituais, uma vez que os veículos com 3 anos que compõem a nossa amostra são repostos pelas primeiras matrículas de 2018, em comparação com as primeiras matrículas de 2017 rastreadas até ao final de 2020. Como este índice se baseia num conjunto consistente de veículos, seria de esperar um movimento constante de descida dos preços médios à medida que o ano avança. Tal não tem acontecido em Portugal, onde o constrangimento da oferta durante a maior parte do ano fez manter os preços estáveis.

PALAVRAS-CHAVE