A Kikai Eventos, empresa organizadora do Expomecânica faz balanço muito positivo deste certame, no qual estiveram presentes 11.540 visitantes e 164 expositores que esgotaram os 12 mil metros de área expositiva disponível. Aliás, este indicador no percurso do evento poderá ditar já no próximo ano um aumento do seu espaço de exposição.
Maior unanimidade era, porventura, impossível na altura de fazer o balanço desta edição. Das empresas estreantes às totalistas, presentes em todas as edições do certame, o saldo qualitativo ia, invariavelmente, parar às mesmas expressões: estivemos perante uma «boa feira», «cheia de dinamismo» e que providenciou «muitos contactos e oportunidades de negócio» para os meses vindouros.
«O mercado aderiu em força. O expoMECÂNICA recebeu a visita de inúmeros – e importantes – decisores e compradores do aftermarket automóvel nacional. Os três dias permitiram potenciar e fechar centenas de negócios com as empresas presentes, que, seguramente, ver-se-ão replicados por muitos mais nas semanas e meses subsequentes, fruto dos bons contactos e oportunidades que o acontecimento permitiu. As iniciativas de debate apresentaram-se, de uma maneira geral, cheias de interessados, e momentos houve em que os auditórios foram pequenos para acolher os profissionais», avaliou José Manuel Costa, diretor da KiKai Eventos, a entidade organizadora.
Para além da trama de corredores onde se perscrutavam oportunidades de investimento, à margem, entre demonstrações de técnicas ou tecnológicas e comunicações setoriais (em palestras, debates, mesas-redondas e conferências) foram mais de 60 as iniciativas, que chamaram a si dezenas de protagonistas e especialistas de vários segmentos, para a reflexão com bem mais de um milhar de operadores e profissionais sobre os desafios da atividade.
Algumas instituições de ensino aproveitaram a jornada para «contactar com a realidade profissional do setor», como apontou Elisabete Porfírio, professora de Tecnologias de Informação e Comunicação, que acompanhou, logo no primeiro dia, um grupo de 13 alunos do curso de Mecatrónica Automóvel do Agrupamento de Escolas Padre José Augusto da Fonseca, de Aguiar da Beira (Guarda). «Estamos a gostar bastante. E a informação é acessível e proveitosa para os estudantes», enunciou.
«A feira começa a precisar de mais espaço»…
«O Salão tem conseguido aumentar de dinamismo e nota-se um salto qualitativo de ano para ano. Correspondeu às expectativas do nosso grupo, os clientes mostraram-se satisfeitos e vamos ponderar evoluir para outro tipo de colaboração com o evento futuramente», opinou Paulo Pinto, delegado técnico e comercial em Portugal da Schaeffler Iberia.
Pedro Calçada, responsável da Bosch Portugal pelo serviço ibérico de reparação de peças eletrónicas para automóveis, secundou-o: «A feira, que mantém o nível da última edição, começa a precisar de mais espaço. Estamos a ponderar marcar presença na próxima edição, mas com um enquadramento algo diferente».
Presente pela primeira vez no expoMECÂNICA, a Motrio (do grupo Renault) faz, pela voz de Alberto Jorge Gomes, um balanço «completamente» positivo. «A nossa participação neste Salão permitiu constatar que, afinal de contas, ainda há mais clientes para visitar e propor negócio, para além do que pensávamos. Recebemos profissionais do Algarve, do Alentejo interior e litoral, e até da Galiza! É a prova que este certame é importante. Mantendo-se o mercado como está, estaremos cá para o ano», assegurou o responsável.
Artur Pereira, gestor de redes oficinais do Stand Asla, que também se estreou no evento, justificou a participação pelo facto de haver «uma dinâmica totalmente diferente» na empresa, a exigir redobrada exposição para o mercado. «Está a ser uma feira importante para nós. Viemos no ano passado como visitantes e achamos que a feira conseguiu melhorar. O nosso balanço é, por isso, positivo».
Pelo mesmo diapasão alinhou a Lusavouga, pela mão de Miguel Santos, administrador da empresa. Veio à feira (pela primeira vez) «sem expectativas» de qualquer espécie e para semear o «embrião para o segmento automóvel do grupo» empresarial, cujo volume de negócios cresceu de 23 milhões de euros, em 2014, para 34 milhões, no ano transacto. Quando falámos com o responsável, o ensejo «estava a correr muito bem», e a firma havia conseguido «cativar novos e variados contactos». A única faceta que não estava a correr bem relacionava-se com recursos humanos: «Estamos a recrutar e, até ao momento, não conseguimos» dar expressividade a essa intenção em pleno certame.
Apesar da perceção de que, comparativamente com o ano anterior, «haveria menos movimento no sábado», César Teixeira, diretor-geral da Corcet (uma das repetentes da mostra), considerou que os contactos «foram de maior qualidade», sinónimo de «boas perspetivas de negócio».
«Este ano participámos numa ótica ainda mais técnica do que o habitual, centrada em três equipamentos que comercializamos, olhando inclusivamente para o futuro das viaturas autónomas e comunicantes», diz-nos, por sua vez, José Morgado, diretor-geral da Domingos & Morgado. Uma das soluções, de alinhamento, equipa a linha de geometria dos automóveis que saem da fábrica da Autoeuropa em Portugal. Foi, por isso, uma «boa feira», uma vez mais, que chegou e bastou para um «balanço interessante», isto porque permitiu «boas perspectivas de negócio». «Vamos continuar a apostar no expoMECÂNICA, claro!», remata.
Igual garantia deu Irene Jesus, gestora comercial da Cometil. «A tarde de sábado foi muito ativa e providenciou bons contactos e perspetivas», disse.
Agostinho Matos, em representação da igualmente estreante Centrocor – Comércio de Tintas e Ferramentas, destacou o «muito público» à cabeça e não se ficou por aí. «Está a ser muito interessante para nós, pois, como a empresa tem crescido bastante e começa a ter clientes de paragens distantes das lojas que possuímos, a feira permite uma possibilidade de proximidade com eles. A meio do certame tínhamos já várias perspectivas sérias de negócios», asseverou.
Presente para destacar as novas instalações e, também, para chamar a atenção do mercado para o novo portal de venda de peças, a Gamobar Peças olha para o evento como uma plataforma para consolidar a relação com os clientes. Pedro Santos, responsável da área de peças, nota a «evolução» do Salão e considera o acontecimento uma «mais-valia» para o setor.
Neófita nas andanças do expoMECÂNICA, a Raviol faz um deve-haver igualmente positivo: «Tivemos a visitar o nosso stand os profissionais que procurávamos. Já efetivámos alguns negócios e, pelo estamos a ver, teremos mais na calha», confirmou Elisabete Silva, da empresa.
Igualmente estreante, a Masac apontou os holofotes à marca holandesa Kroon Oil, que representa em exclusividade no nosso País. «O saldo é favorável e estamos satisfeitos com os contactos que fizemos, que foram além das nossas expectativas», garantiu Armando Megre, chefe de vendas da firma.
«É sempre importante a nossa apresentação neste tipo de encontros sectoriais, tanto mais que pretendemos dar a conhecer as nossas novas áreas de negócios. A feira permitiu reunir muitos contactos e oportunidades, vamos ver se bons no trabalho que há a fazer para a frente», atalhou Ricardo Costa, diretor comercial da Leirilis.
Há «alguns anos» afastada do circuito de feiras, foram três as grandes motivações que ditaram a estreia da Spinerg no expoMECÂNICA. «A notoriedade da empresa entrou numa fase de reforço; queremos estar mais próximo dos nossos consumidores; e pretendemos divulgar ao mercado algumas apostas que temos feito», referiu José Cid Proença, administrador da insígnia. O responsável já havia visitado uma anterior edição da exposição e gostou do que viu. Nesta, notou a presença «de mais profissionais».
«Tivemos muitos clientes a visitar-nos e que aderiram ao evento que lhes preparamos especialmente. O expoMECÂNICA confirmou ser um certame muito importante para reforçar a ligação das marcas com os clientes», explicou Ricardo Figueiras, do grupo MCoutinho.
Bahco, Cometil, Tecwash e A.Vieira premiadas na feira
A Bahco, Cometil, Tecwash e A.Vieira foram as empresas vencedoras dos prémios Pós-Venda/expoMECÂNICA 2017. O prémio do stand com melhor imagem foi entregue no espaço da Bahco, o de expositor mais dinâmico foi para a Cometil e o de empresa mais inovadora foi ganho pela Tecwash. Para além dos três prémios da edição anterior, este ano foi adicionada um novo prémio atribuído pelos visitantes. E quem arrecadou o galardão foi a empresa. A.Vieira.