A Krautli lembra que, até 31 de dezembro de 2024, é obrigatória a substituição dos tacógrafos analógicos ou digitais pelo novo tacógrafo inteligente de segunda geração, nos veículos de transporte internacional com mais de 3,5 toneladas.
Desde agosto de 2023 que a introdução do tacógrafo inteligente de 2.º geração tem vindo a ser implementada gradualmente, de acordo com as especificações derivadas do Pacote de Mobilidade.
A Krautli explica que esta 2.ª geração de tacógrafos, equipada com tecnologia de ponta, apresenta várias melhorias em relação à primeira geração, uma vez que aumenta a segurança e favorece a transparência nas operações de transporte internacional através de novas funções como o registo automático das passagens de fronteira; o registo da posição do veículo durante a carga/descarga; o intercâmbio de dados com as autoridades de controlo através do sistema de deteção remota precoce de possíveis manipulações ou a implementação do sistema de autenticação fornecido pelo Galileo, entre outros.
As regras do transporte rodoviário, nomeadamente as relativas ao tacógrafo (RUE 165/2014) e aos tempos de condução e de repouso (RCE 561/2006), são as mesmas para todas as empresas de transporte da União Europeia e são também comuns a todas as infracções graves às regras do transporte rodoviário (Anexo III da Diretiva 2006/22/CE) que podem levar à perda da idoneidade do transportador.
No entanto, as sanções não são uniformes e cada Estado-Membro aplica as suas próprias sanções. Por esta razão, a Krautli lembra que a VDO pretende ajudar as empresas de transportes e os condutores, fornecendo informações sob a forma de um guia especial que contém todas as informações relativas às sanções e aos montantes por não possuir o tacógrafo ou por não ter a versão correcta, bem como à forma como cada país aplicará a introdução da segunda geração.
A Krautli indica ainda que, embora o guia ofereça informações sobre diferentes corredores, os dados mais interessantes para as empresas que operam a partir da Península Ibérica são os relativos aos corredores do Mediterrâneo e do Atlântico. Corredor Mediterrânico: tacógrafo inteligente de segunda geração obrigatório V2 Esta rota, com mais de 6.000 km de extensão, atravessa seis países europeus: Espanha, França, Itália, Eslovénia, Croácia e Hungria, e desempenha um papel fundamental para as empresas de transporte, uma vez que assegura uma conetividade perfeita entre portos, cidades, zonas industriais e logísticas.
Conduzir sem um tacógrafo homologado no Corredor Mediterrânico pode ter consequências graves. Por exemplo, em Espanha, o incumprimento do Regulamento 1054/2014 pode resultar numa coima até 2.001 euros, em França as sanções são ainda mais severas, com um ano de prisão ou uma coima de 30.000 euros, enquanto em Itália as coimas podem variar entre 866 e 3.464 euros, entre outras.
Corredor Atlântico: sanções por conduzir nos seus países sem equipar o veículo com o
tacógrafo inteligente de segunda geração V2 No Corredor Atlântico, as sanções em caso de incumprimento variam de país para país, podendo ir de multas a penas de prisão. Este corredor é muito importante para as empresas de transporte rodoviário, uma vez que cobre uma distância de 8.200 quilómetros e liga: Portugal, Espanha, França, Alemanha e Irlanda. As coimas podem variar entre 2 000 euros em Espanha, prisão ou 30 000 euros em França, 1200-6 000 euros em Portugal ou 1 500 euros na Alemanha.
A rede de oficinas VDO e DTCO+ estão preparados para trabalhar com esta tecnologia e
dispõem de existências suficientes para a transição para o tacógrafo inteligente VDO DTCO 4.1.
No blogue do tacógrafo inteligente este guia está disponível, bem como uma compilação de publicações sobre sanções em diferentes países.
As partes interessadas podem informar-se sobre as próximas datas de implementação, cursos em linha, informações relevantes, bem como guias, artigos e publicações relacionados com o novo tacógrafo inteligente e o pacote de mobilidade.
