Luís Almeida, gerente da Japopeças, faz o balanço da atividade da empresa e um resumo do ano no aftermarket, abordando ainda o futuro desenvolvimento do negócio.

Que ensinamentos se podem tirar de 2022, ao nível do Pós-venda em geral, para os próximos anos?
Que o mercado está e continuará a estar no futuro sujeito a mudanças e transformações significativas que acontecem a uma velocidade maior do que até aqui.
A capacidade das organizações reagirem e adaptarem-se de uma forma constante é fator determinante para acompanhar as necessidades que o mercado apresenta.
Ensinou-nos que cenários de estabilidade que perduravam anos são hoje cenários imprevisíveis face a acontecimentos geopolíticos, económicos, sanitários, entre outros.

Mesmo com a inflação e com as dificuldades no abastecimento de peças, qual o balanço que fazem da vossa atividade em 2022?
Fazemos um balanço positivo da nossa atividade em 2022 interpretado à luz do contexto vivido uma vez que as disrupções nas cadeias de abastecimento tiveram um impacto negativo significativo na nossa atividade pese o facto de nos termos preparado para este contexto.
A inflação pesa sobre toda a cadeia de valor mas em última instância tem um maior peso para o consumidor. Já a escassez de mercadoria na origem ou problemas na sua distribuição traduz-se em ruturas de stock sem paralelo até então para as quais nem sempre há solução.

Qual foi o facto mais marcante da vossa empresa em 2022? Que reflexos esse fato terá na vossa atividade?
A consolidação de novas gamas de produtos de marcas que já distribuíamos e alargamento com uma expressão cada vez mais significativa nas aplicações para europeus. A título de exemplo a linha de amortecedores para europeus das marcas KYB e ASHIKA.
Todos estes projetos têm continuidade uma vez que, introduzidos, passam a fazer parte da oferta permanente da Japopeças, desenvolvendo-se ao longo dos anos.

Quais são os cenários mais prováveis para 2023, que possam condicionar (positiva ou negativamente) a atividade pós-venda em Portugal?
Num contexto de tamanha incerteza é muito difícil fazer previsões pelo que nos mantemos expectantes acompanhando os cenários colocados pelas instituições económicas que apontam para uma estagnação.
As varáveis são inúmeras tais como: evolução do contexto de guerra na europa; contexto geopolítico global, taxas de juro e inflação, entre tantas outras que têm impacto (positivo ou negativo) no poder de compra e consumo.

Quais são as perspetivas da vossa empresa para 2023? Vai haver novos investimentos?
Temos como prioridade para 2023 crescer sustentadamente, o que significa crescer qualitativamente mais que em quantidade procurando em nenhum cenário baixar a fasquia do ano anterior.
Enquanto investimento, a renovação da nossa plataforma online B2B é a prioridade das prioridades para o ano 2023, investimento que já estava programado e que procuraremos conseguir executar atempadamente.