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“Os lubrificantes são e continuarão a ser produtos necessários em qualquer setor”, Sofia Ribeiro, Galp

11 Junho, 2021

Afirmando que o mercado dos lubrificantes no aftermarket poderá demorar até 2023 para recuperar a níveis de 2019, Sofia Ribeiro, Gestora de Lubrificantes GALP, aborda o desenvolvimento deste negócio em Portugal, nesta fase de pandemia.

Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
Em 2020 a venda de lubrificantes no mercado nacional sofreu uma redução significativa tendo sido fortemente afetada pelo COVID-19.
As medidas necessárias e que foram implementadas para impedir a propagação deste vírus, nomeadamente o período de confinamento, traduziu-se na redução das deslocações da população e, consequentemente, na redução de vendas de lubrificantes para motores de veículos ligeiros. Os lubrificantes para motores de veículos pesados foram igualmente afetados, no entanto com um menor impacto, visto que os transportes de bens e serviços se mantiveram ativos.

Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas? O que mais potenciou as vendas neste momento (o digital, as promoções, as campanhas, etc.)?
A crise pandémica veio revelar a importância do relacionamento e do entrosamento e confiança na relação Cliente / Fornecedor. A equipa Galp, cumprindo todas as medidas de segurança inerentes à situação, não deixou de estar presente, física ou digitalmente, junto dos seus clientes.
E a gama de lubrificantes Galp, muito alargada, tecnologicamente avançada e respondendo às especificações mais exigentes do mercado é, a par da relação de proximidade e acompanhamento que mantemos com os nossos clientes, fator de diferenciação que nos permite uma presença fortíssima nos principais grupos de Retalho Automóvel e redes de Oficinas, demonstrando a confiança que os clientes depositam em nós e na excelência dos nossos produtos e serviços.
São estes os fatores que permitem potenciar as vendas nesta fase tão difícil que atravessamos.

O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia?
Os lubrificantes são e continuarão a ser produtos necessários em qualquer setor e ramo de atividade.
No caso concreto dos lubrificantes para o ramo automóvel, estes são diretamente impactados por fatores externas como:

  • A evolução dos motores, com menores dimensões, novas ligas metálicas, com maior potência e eficiência;
  • Alteração do perfil de produção e venda na indústria automóvel;
  • Legislação reguladora que obriga à incorporação de sistemas de retenção de partículas nocivas para a saúde humana;
  • Influência dos OEMs (Original Equipment Manufacturers);
  • Marketing Claims;
  • Atitude do Cliente.

Estas influências externas têm impacto nas exigências da performance do lubrificante, que têm levado a novos desenvolvimentos tecnológicos focados na economia de combustível com vista à redução de emissões carbónicas. Como consequência há uma tendência para utilização de produtos sintéticos premium. Estes têm viscosidades mais baixas que potenciam a redução do atrito interno e maior longevidade que, por sua vez, prolongam também o tempo de vida dos veículos.
Iremos igualmente assistir ao aparecimento de gamas de lubrificantes adequadas e dedicadas aos veículos híbridos / elétricos, cujo peso continuará a aumentar. Em 2020, estes veículos corresponderam a cerca de 20% do total das matrículas.

Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
Estimamos que em 2022-2023 o mercado de lubrificantes a nível nacional, volte aos níveis de 2019.

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