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“…os preços continuarão a subir”, Daniela Ferreira, Vauner

24 Dezembro, 2021

Numa excelente análise da atual situação do mercado aftermarket, Daniela Ferreira, administradora da Vauner, acha que pode vir a haver dificuldades para algumas empresas.

Os preços médios das peças para automóveis aftermarket vão continuar a subir em 2022?
Sim, a tendência diz-nos que devido ao cenário de pandemia que se mantém, à escassez de matérias-primas, dificuldades na aquisição de mercadorias, demora nas entregas, etc.. os preços continuarão a subir.

Que efeitos poderá ter no mercado de peças para automóveis aftermarket os preços mais altos, a escassez da oferta e a maior pressão comercial?
Os preços mais altos, bem como a escassez de oferta, promovem um valor de imobilizado mais elevado para as empresas, situação que não estará ao alcance de todos. Atendendo também ao poder de compra do consumidor que não acompanha estes aumentos, poderá ter consequências na reparação dos veículos e que só o tempo nos demonstrará.

Os cenários de escassez na oferta poderá dar lugar à entrada mais evidente, no negócio de peças, de peças com menor qualidade?
Sim , é possível. Todavia com uma atenuante que é o facto dos produtos com menor qualidade terem maioritariamente fabricação fora da Europa. Com a escassez de contentores, espaço nos navios e também os prazos de entrega muito mais alargados, podem estes condicionar a compra destes produtos.

Vendas de carros novos a desceram, aumento da quilometragem média dos atuais, parque mais envelhecido, entre outros indicadores, serão só por si um bom cenário para o negócio das peças aftermarket em Portugal? Que outros fatores poderão condicionar (positiva ou negativamente) o mercado das peças aftermarket em 2022)?
Em cenários de crise como o que vivemos, por norma, o sector tem tendência para o envelhecimento do parque automóvel, fator este sempre importantíssimo para o bom desempenho do aftermarket, e por isso, bastante positivo para o sector. De uma forma negativa, está o aumento dos preços a nível geral e a diminuição do poder de compra do consumidor. Também a escassez de produtos com produção na Europa, e que, com a pandemia veio trazer ao de cima essa mesma debilidade, podem ser situações negativas para o sector pois, de outras regiões do mundo, parece-nos que continuaremos a conviver durante mais um período do novo ano, com as dificuldades em termos de fretes elevadíssimos, disponibilidade de espaço nas companhias marítimas, bem como o alargamento dos prazos de entrega das mercadorias.

Será em 2022 que se dará o “Boom” da digitalização do pós-venda em Portugal ou continuará o seu processo lento e gradual?
Vivemos já numa época da digitalização do pós venda. Esta situação acentuou-se de uma forma mais galopante durante o período de pandemia nos últimos 2 anos e a tendência será para continuar a evoluir nesse sentido.
Para terminar, desejo, em nome da Vauner, um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

 

 

 

 

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