Ver todas

Back

PBS: “É fundamental ter disponibilidade imediata de stock nas baterias”

21 Novembro, 2016

Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela PBS as respostas são de Daniel Monteiro, diretor-geral da PBS – Portugal Bateria Serviço.

 

Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
Para os importadores que trabalham diretamente com fábricas, como é o caso da PBS, temos que estar muito atentos à evolução das matérias primas que podem rapidamente condicionar a política comercial. Não podemos esquecer que, em 1998, ano que comecei neste mercado, a média do chumbo estava a cerca de 480€/T e hoje estamos com cerca de 1830€/T! Podemos notar que desde 2010 a média tem-se mantido a mais ou menos 1550€/T, o que no mercado se tem traduzido numa estabilidade controlada ao nível dos preçários. Mas este ano, desde julho, o valor do chumbo tem vindo a subir todos os meses até chegar em outubro acima dos 1800€/T, o que, certamente, se irá traduzir durante este inverno num reajustamento das tabelas de preços. Em termos de oferta, Portugal continua a ser um pais onde existe um número importante de marcas de linha branca mas com uma tendência a diminuir pois as oficinas estão cada vez mais atentas as marcas de fabricantes como a Stecopower ou Energia que oferecem produtos com qualidade de origem e fiabilidade a preços competitivos. As oficinas hoje precisam de fornecedores capazes de dar respostas imediatas para qualquer veículo, dos clássicos (baterias de 6Volts) aos mais modernos que usam a tecnologia AGM para start&stop. Mas fundamental é a oficina poder contar com a coerência comercial da própria marca pois existem em Portugal situações anormais de marcas de dimensão internacional a perder credibilidade e quota de mercado não por falta de qualidade mas sim por falta de coerência comercial B2C Vs B2B. O mercado português representa cerca de 1 300 000 unidades anuais incluído veículos ligeiros, pesados, máquinas agrícolas ou de construção civil e motos. A sazonalidade das vendas, muito co-relacionada com as condições climatéricas, pode mexer com as vendas de um ano para o outro mas, em média, o volume global fica perto desse valor e a tendência irá manter-se pois três fatores se conjugam para isso :

  • O envelhecimento do parque automóvel português (idade média perto de 12 anos, um dos mais antigos da Europa)
  • O volume e composição do parque automóvel
  • A diminuição dos numero de quilómetros médios percorridos por veículo

Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
Ainda é muito recente e pouco representativo em termos de volume pois apareceu realmente há pouco tempo no mercado de reposição, mas a dinâmica e a tendência comercial são muito positivas. Inicialmente, só existiam dois modelo de baterias para a reposição das baterias AGM. Hoje a gama tem crescido e já existem 9 modelos para a cobertura do parque de carros europeus e asiáticos com Stop & Start.

Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
A evolução do parque automóvel para com o diesel traduziu-se com uma evolução clara no mix de vendas pois atualmente a bateria de 70Ah é a mais vendida quando no passado próximo a bateria de 45Ah e 50Ah era a mais vendida. É importante referir a boa evolução também das baterias de 100Ah (principalmente para o mercado dos veículos comerciais) e o início dinâmico no mercado de reposição das baterias AGM para carros com Stop&Start. No setor dos pesados, a bateria de 180Ah continua a liderar o ranking das vendas. No que diz respeito a motos temos notado uma forte evolução nas vendas de baterias com tecnologia AGM com um destaque para a referencia YTZ10S. Seja no setor automóvel, pesados ou motas, existe uma constante: o nível de equipamentos de origem tem vindo a aumentar, o que se traduz em concreto em baterias de origem reforçadas tanto na capacidade em Ah como na intensidade de arranque em Amperes (EN).

As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
Os carros híbridos, em geral têm uma bateria de arranque para o moto térmico, para o qual temos soluções para o pós-venda com qualidade de origem. No que diz respeito a bateria do motor elétrico, ainda continua nas mãos dos construtores automóveis.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
A oficina tem vários desafios pela frente. Primeiro tem que ter acesso a uma oferta completa multimarca de qualidade de origem para poder responder a qualquer substituição de baterias, para não perder qualquer negócio que entre na oficina e garantir a sua credibilidade técnico-comercial. Segundo, o fornecedor tem de ter a disponibilidade imediata de stock e um serviço de entrega eficiente. Terceiro, o preço deverá ser competitivo. Por fim, a oficina também deve estar mais atenta a fornecedores com capacidade de dar apoio técnico através de formação ou diretamente por telefone em caso de necessidade urgente, como por exemplo o apoio à identificação do produto de origem que cumpra rigorosamente com as características elétricas em função da marca e do modelo dos veículos que entram na oficina. De um ponto de vista estratégico, temos cada vez mais de incentivar as oficinas e profissionais a promover o diagnóstico as baterias. Vários estudos demonstram ao longo do tempo que mais de 1/3 das avarias nos carros têm como origem a bateria. Com intensificação do diagnóstico vamos poder antecipar uma situação de avaria e assim dar mais credibilidade ao serviço e também dinamizar o mercado em termos de vendas. Existem hoje máquinas de diagnóstico muito fiáveis e fácil de utilização que a PBS comercializa para promover e democratizar o diagnostico as baterias. Portugal não é diferente de outros países europeus onde existem clientes que valorizam mais o preço e outros a qualidade. É de constatar que o preço é mais procurado para baterias de tipo standard como por exemplo a bateria de 70 Ah ou 45Ah, e por outro lado, há uma atenção mais importante à qualidade quando se trata de veículos mais recentes com mais equipamentos de origem, tecnologias e sistemas que solicitam mais a bateria, como por exemplo a tecnologia Stop & Start onde já se utilizam baterias AGM.

Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
A PBS tem uma parceria forte com a Stecopower, marca francesa presente no mercado europeu há mais de 50 anos, principalmente no setor automóvel, pesados, máquinas agrícolas ou de construção civil e motas. Isso permite a PBS ter acesso a baterias de qualidade de origem, estar sempre actualizado tecnologicamente em termos de oferta, principalmente com as marcas Energia e Stecopowe. Para outros setores de atividade, a PBS também tem na sua oferta baterias das marcas Powersonic, Trojan, Optima, Fulbat e GYS para acessórios.

 

Notícias relacionadas:

 

Mais informações em www.portugalbateriaservico.pt

 

PALAVRAS-CHAVE