Portugal caiu para o 16.º lugar no índice europeu de transparência do mercado de veículos usados, de acordo com o estudo anual da carVertical, o que mostra um aumento das fraudes de quilometragem e dos danos ocultos nos automóveis vendidos no país.
Em 2025, 3,8% dos veículos analisados apresentavam quilometragem adulterada, acima dos 2,2% registados em 2024, com os conta-quilómetros recuados em média 92.900 km. O mercado português é fortemente influenciado pelas importações, que representam 61,5% dos veículos, e 40,3% dos automóveis tinham registo de sinistro, com um custo médio de reparação de 4.000 euros. A antiguidade média dos veículos subiu para 10 anos, face aos 8,5 anos do ano anterior, refletindo uma preferência por automóveis mais antigos. Entre os países vizinhos, Espanha surge em 12.º lugar e França em 5.º lugar.
O Reino Unido mantém-se como o mercado mais transparente da Europa, com apenas 2,3% de veículos com quilometragem manipulada e 17% com registo de danos, beneficiando da baixa dependência de importações. Itália, Alemanha, Suíça e França completam o top 5 dos mercados mais transparentes, enquanto países da Europa de Leste continuam a apresentar os maiores riscos de fraude, liderados pela Ucrânia, Letónia, Lituânia, Roménia e Estónia.
O índice de transparência da carVertical é calculado com base em seis indicadores, incluindo percentagem de veículos com quilometragem adulterada, registo de sinistros, proporção de veículos importados e antiguidade média, permitindo identificar tendências e riscos para os consumidores no mercado europeu de usados. O estudo completo encontra-se disponível em carVertical.com.









