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Sabino: Optimizar o processo logístico

27 Dezembro, 2019
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A celebrar 40 anos de atividade, a Sabino é hoje uma referência nacional na produção de carroçarias, focando-se em desenvolver soluções adequadas às necessidades de cada cliente e em acompanhar as tendências do mercado.

A Sabino nasceu em 1978, na zona de Sintra, pela mão de Adelino Sabino, que fazia reparações de escavadeiras, carroçarias e escapes, tendo mais tarde focado a sua atividade na produção e manutenção de carroçarias. Ao longo dos anos, a Sabino tem vindo a acompanhar as novidades tecnológicas e a desenvolver produtos que se adequem ao tipo de utilização a que se destinam. “Fazemos cerca de 200 carroçarias novas por ano. A nossa produção continua a ser essencialmente para o mercado nacional, com alguma produção pontual para o estrangeiro”, explica Adelino Sabino, que recentemente passou a gestão da empresa aos dois filhos, João Sabino e Sérgio Sabino.

A produção varia entre as caixas abertas para transporte de carga geral, passando pelas caixas de distribuição, tipo TIR, até às caixas fechadas em alumínio ou em sanduíche de poliuretano. “Daí o slogan: da carrinha ao camião, nós temos a solução”, indica Adelino Sabino. Recentemente, a produção da empresa tem vindo a aumentar nos basculantes, com especial incidência em carga geral. “Atualmente não há nenhuma solução a que não consigamos dar resposta. Fazemos tudo: montagem de gruas, elevadores, caixas fechadas, plataformas elevatórias, etc. De material circulante, só não fazemos caixas de frio, porque não é do nosso interesse”. Depois de muitos anos vocacionada para o camião rígido e camiões de transporte de carga, a Sabino alargou o seu leque de atividade. “Com a crise houve necessidade de alargar para os comerciais ligeiros”.

A empresa trabalha maioritariamente com produtos feitos à medida e faz pontualmente alguma produção em série. “O cliente apresenta-nos a sua necessidade e nós desenvolvemos. Não existem impossíveis, tentamos encontrar sempre soluções”, explica João Sabino. “No caso dos concursos públicos, os pedidos são sempre para dezenas de unidades, que fazem uma determinada tipologia de serviço e que são todos iguais, e aí fazemos algumas séries”, explica. “Temos agora, por exemplo, um contrato com uma rent-a-car, onde vamos equipar mais de 50 viaturas, de três tipologias”, explica.

“Procuramos perceber quais as dificuldades do utilizador final, porque quem utiliza o veículo no dia-a-dia é que sabe quais são as necessidades. É este o nosso ponto forte. Tentamos encontrar soluções que melhorem o processo logístico, tendo em conta a legislação aplicável, que pode ou não sobrepor-se. Nem sempre o que se pretende é exequível”, explica João Sabino.

Quando o pedido do cliente é diferente daquilo que é o mais comum, fazemos a análise e tentamos dar resposta rápida. Com bom planeamento e projeto conseguimos prever as dificuldades na montagem e tornar o processo mais rápido.

NOVOS PRODUTOS
Recentemente, a empresa produziu dois novos tipo de produto: os veículos pronto-socorro e as carroçarias especiais para transporte de cerveja, com sistema de abertura lateral amplo. “Fizemos também um carro polivalente, que exportámos para a Suíça, que equipa uma caixa basculante, uma caixa para massas de betão e uma betoneira. O veículo equipa com grua, que retira uma caixa e coloca outra, evitando que haja vários carros para o mesmo serviço”, indica Adelino Sabino.

Atualmente, a preocupação dos responsáveis da empresa é a de trabalhar com peças que possam ser replicadas noutros projetos. “Vamos tentando reproduzir conceitos que já testámos e que nos permitam produzir no mesmo espaço de tempo com os mesmos recursos, apesar de haver sempre fatores inesperados. O caminho a seguir é este, desenhar bem um produto e poder replicá-lo noutras viaturas, para reduzir o tempo de montagem. Porque o prazo de entrega é sempre crucial. Isto dá melhor aspeto ao equipamento final, e, para além de uma resposta mais rápida, podemos avançar com algumas partes sem a viatura estar presente”.

MATERIAIS
A Sabino tem acompanhado a evolução dos materiais utilizados. “A caixa tem de ser o mais leve possível. Houve evolução com a implementação dos alumínios. Trabalhamos bastante com aços de alto limite elástico, para reduzir a espessura e a tara do veículo”, explica João Sabino.

Pós-Venda
João Sabino

Têm alguém dedicado ao acompanhamento pós-venda?
A nossa equipa é pluridisciplinar, não temos um departamento apenas dedicado ao pós-venda. Normalmente temos o triplo de obras de reparação e manutenção de equipamentos face às obras novas. Há aqui uma grande faixa do negócio. Se o cliente se mantiver a fazer aqui as manutenções, sabemos como otimizar e ir melhorando o produto. Também fazemos manutenção e reparação de estruturas produzidas por outras empresas.

Também produzem carroçarias para as marcas?
Sim, trabalhamos com praticamente todas as marcas. Muitas vezes o cliente compra os veículos já carroçados. A marca consulta-nos, através de concurso, para carroçar os carros.

Como se atualizam em relação às novas exigências tecnológicas dos veículos?
Um camião é uma máquina de sistemas. Antes, o chassis era muito simples e agora tem uma panóplia de equipamentos. Estamos inscritos em praticamente todas as plataformas de camiões, que partilham informação através dos portais, para fazermos as intervenções de acordo com as suas diretrizes. Consultamos o portal e verificamos onde se fazem as ligações. Há que ter conhecimento, temos de estar sempre atentos ao que os fabricantes nos indicam. Outro caminho que estamos a trilhar para facilitar o pós-venda é a construção modular: substituir facilmente um painel, sem necessidade de dar o corte da solda. Procurar que se consiga, cada vez mais, tirar um componente e encaixar outro.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda Pesados n.º 17, de agosto/setembro de 2018. Consulte aqui a edição.

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