Com um longo historial nas peças aftermarket, a Vales & Vales concentra todas as suas atenções e investimentos na proximidade que quer ter ao cliente, numa altura em que equaciona novos projetos.

É já nas novas instalações da Vales & Vales, em Aveleda (Vila do Conde) que em breve será a sede principal da empresa, que Pedro Vales (gerente) coordena as cinco lojas de retalho que este operador dispõe. Em traços gerais, a empresa existe desde 1988, tendo como foco da sua atividade o retalho de peças. Até 2013 tinha unicamente as instalações de Leça do Balio, altura em que abriu uma outra loja em São Romão do Coronado, seguindo-se depois a loja de Famalicão (2018), Lordelo e mais recentemente a de Aveleda (ambas em 2021).

“A razão deste crescimento no número de lojas é, acima de tudo, a proximidade e o serviço. A proximidade aos nossos clientes é mesmo o fator principal que nos levou a abrir diversas lojas, mesmo que geograficamente elas estejam próximas entre si”, refere Pedro Vales. Aliás, no entender do gerente da Vales & Vales, nem a forte evolução que tem havido na logística foi suficiente para acompanhar a necessidade que existe em estar sempre próximo do cliente para o servir o mais rapidamente possível. “Estamos a falar em serviço e, no nosso ramo, esta proximidade às oficinas é fundamental”, garante.

Mesmo assim, todas as lojas da Vales & Vales têm balcão de atendimento, referindo o gerente da empresa que “é uma forma de juntar o útil ao agradável, mesmo se o nosso foco está na entrega da peças nas oficinas”.

Para a grande maioria dos clientes da Vales & Vales estão garantidas quatro entregas por dia (duas de manhã e duas de tarde), admitindo Pedro Vales que “em alguns casos temos mais entregas. Contudo, com quatro entregas penso que não se pode ter melhor serviço que este, o que não é nada fácil de gerir, até num contexto em que os custos do transporte estão a subir. São 20 carrinhas que temos afetas à distribuição de peças!!!”.

Neste momento a loja de Aveleda já funciona como armazém principal, embora cada loja possa ter autonomia de pedir diretamente aos fornecedores, sempre na lógica de poder disponibilizar a peça ao cliente o mais rapidamente possível. Com o crescimento dos grupos de retalho em Portugal, Pedro Vales diz que está a estudar a evolução do mercado, mas reconhece que “isso será o futuro. Estar ligado a algum grupo tem como principal vantagem poder comprar melhor aos fornecedores”.

Porém, argumenta que existem outras vantagens, sobretudo no apoio que se pode dar à oficina “em termos de apoio técnico, formações, etc. Contudo, a Vales & Vales há muito tempos que aposta na formação técnica para as oficinas, pois sabemos que o futuro das oficinas depende de terem cada vez mais conhecimento técnico. Por outro lado, o problema das garantias e das devoluções pode também ser resolvido com mais acompanhamento e apoio técnico às oficinas”. Como forma de dar ainda mais serviço ao cliente, a Vales & Vales está também a construir uma plataforma de peças B2B. “Com a aparecimento de mecânicos cada vez mais novos e com maior apetência para as novas tecnologias, está na altura de investir numa plataforma de peças”, refere Pedro Vales, que explica que a sua empresa dispõe de um call center com oito profissionais dedicados ao atendimento, sendo que quatro estão na loja de Aveleda. Para além disso, a empresa tem ainda quatro vendedores comerciais, que atuam na área de influência das lojas, junto das oficinas. “Tudo isto faz parte do acompanhamento que queremos dar ao cliente”, diz.

Sendo a importação de peças residual, a Vales & Vales recorre sobretudo a diversos grossistas nacionais para dinamizar a sua atividade nas peças, mantendo a lógica da cadeia de distribuição que, segundo Pedro vales, “está a correr muito bem”. Com esses grossistas consegue ter acesso a peças aftermarket de marcas que estão no primeiro equipamento, sendo que o objetivo é de “ter peças de qualidade, que nos reduzam os problemas com garantias e com reclamações”.

Para além das peças, que é o core business da empresa, a Vales & Vales aposta também em produtos complementares, comercializando (por exemplo) ferramentas Kroftools. Pedro Vales diz que no futuro “um retalhista de peças terá que apostar cada vez mais em produtos complementares às peças, até porque os clientes pedem-nos diariamente isso mesmo”.

Das muitas oficinas que “abastece” diariamente, Pedro Vales diz que tem havido umaboa evolução das mesmas, sendo oficinas que “se atualizaram, que têm bons meios técnicos, que apostam na formação e, por isso, têm mais futuro à sua frente pois estão constantemente a evoluir”. Porém, ainda de acordo com o gerente da Vales & Vales, “existem muitas outras oficinas que vão desaparecer do mercado pois não vão conseguir acompanhar o ritmo da evolução tecnológica”.

Sobre o futuro do negócio de peças, Pedro Vales diz que “nos próximos anos poderão existir no mercado muitas alterações, com alguns movimentos de fusão entre player´s de mercado, que tornaram a vida mais difícil para o pequeno retalhista. Como disse antes, é na compra que se faz este negócio”.

VALES & VALES
Pedro Vales
229 761 875
geral@valesevales.pt
www.valesevales.pt

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 84 de setembro de 2022. Consulte aqui a edição.