Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela Eurotyre, as respostas são de Pedro Batalha.

– Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
O atual mercado esta some tido a uma alta pressão de preço sem ter em conta a qualidade de produto de tal maneira que qualquer distribuidor importa baterias com um só objetivo conseguir o melhor preço do mercado, mas como o preço não tem fim começa novamente a surgir as marcas premium.

– Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
Temos de diferenciar dois mercados distintos: as OES e o Aftermarket. No mercado OES tem um grande peso. A realidade de hoje é que cerca de 85% das viaturas que são produzidas estão equipadas com baterias Start&Stop. Por este motivo o Aftermarket tem de ter um conhecimento mais exigente para a substituição das mesmas. Por tudo isto, a Eurotyre vê a necessidade de dar formação aos seus clientes na reposição destas baterias, onde já tem um peso significativo.

– Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
O grande desafio do mercado das baterias nos últimos anos é a comercialização das baterias start&stop com tecnologia AGM. A grande revelação da bateria start&stop consiste na dupla função: bateria de arranque tradicional e bateria cíclica para suportar todos os serviços elétricos e tecnológicos que hoje as viaturas dispõem. A bateria AGM não se pode confundir com a bateria de gel e o desafio passa por adaptar-se às novas tecnologias e saber substituir uma bateria start&stop porque se optar por uma bateria dita normal será uma fonte de problemas no funcionamento da viatura e uma morte prematura da bateria.

– As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
O carro híbrido leva uma bateria cíclica de grande tamanho que alimenta o motor elétrico ate um certo numero de rotações, porque depois entra em funcionamento o motor de combustão que, por sua vez, tem uma outra bateria AGM que vai suportar toda a parte elétrica. O carro elétrico está numa fase embrião que acredito que possa ser o futuro.

– Quais os desafios e problemas que o inverno traz para as baterias?
No Inverno juntam-se dois fatores que exigem mais das baterias: o arranque do motor é muito mais exigente em baixas temperaturas e a bateria tem prestações menos eficazes. Por tudo isto, a bateria sofre muito mais no Inverno com baixas temperaturas.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
Um estudo a nível europeu refere que o cliente pede satisfação na hora de substituir a bateria e um bom serviço não é só preço pelo que, por vezes, a oficina está mais focada no preço do que na valorização dos seus conhecimentos.

– Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
A Eurotyre comercializa a sua própria marca EUROTYRE, assim como a VARTA.

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