A Trusaco está cada vez mais presente no mercado nacional, apostando no alargamento da oferta de produtos. Fernando Abrantes, responsável da Trusaco no mercado português fala do negócio de lubrificantes.
Qual o balanço que faz da actividade da sua empresa em 2016 e quais foram os factos mais marcantes no sector dos lubrificantes auto?
Em 2016 a nossa empresa em termos globais teve um crescimento significativo, nomeadamente em mercados novos e outros que já vendíamos mas agora reforçámos a nossa posição como é o caso de França, Itália, Hungria e Taiwan, outros mercados como Norte de África também tivemos um reforço de posição assim como países da América Latina onde a empresa tem bons contactos…
Em Portugal o mercado esteve muito instável devido ao forte abaixamento dos preços o que não se traduziu em aumento de vendas antes pelo contrário houve uma estabilidade nessa área, pois os clientes ficaram cépticos quanto ao futuro da tendência do mercado e não arriscaram…
Que análise faz do mercado dos lubrificantes auto actualmente?
O mercado está cada vez mais “maduro”, ou seja, o cliente está cada vez mais informado, sabe o que quer e sabe o que a sua viatura necessita, quando tem necessidade de adquirir lubrificantes faz comparação com as opções que tem no mercado.
Em situações de produtos equivalentes é evidente que irá optar pelo que tiver melhor preço, tanto mais que a situação actual do país continua crítica em termos económicos.
Na nossa perspectiva as marcas que apostam em reduzir os custos ao mínimo para depois poder ter preços muito competitivos nos seus produtos continuarão a crescer muito no mercado nacional.
No caso da Trusaco continuamos a apostar numa política de alargamento de oferta de produtos em todos os sectores, mas a estratégia passa por apostar na Indústria pois temos uma fábrica em Saragoça que se irá dedicar só a produção de produtos para este sector…
Actualmente o sector auto não permite que se tenha margem de lucro suficiente para suportar o crescimento fundamentado em investimento na qualidade de produção e aprovações e homologações de construtores de marcas de automóveis como é o nosso caso.
Para podermos crescer numa vertente de busca permanente de produtos de qualidade com preço extramente competitivo temos de ter várias frentes de negócio (Auto + Indústria) para suportar a nossa estrutura.
Quais as perspectivas para 2017 e futuro, e que factos poderão vir a marcar este sector?
Pensamos que este ano de 2017 será um ano com muitas novidades, nomeadamente a nível de vendas pois os preços, na nossa opinião deverão sofrer um aumento indo no sentido dos aumentos que o combustível tem sofrido nos últimos meses.
Houve nos últimos meses um aumento significativo de vendas de automóveis o que poderá traduzir-se num aumento nas vendas de lubrificantes, pois serão mais viaturas a circular…
Este ano estamos todos expectantes para ver como vai correr, pois os sinais que o mercado nos está a dar são de algum optimismo mas moderado…