À PÓS-VENDA Pedro Proença, da Create Business, revela a forma como a empresa e o mercado irão reagir ao futuro e as expetativas para a recuperação do mercado depois da pandemia.
Quais são os fatores / indicadores a ter em atenção na recuperação futura do negócio do aftermarket, na perspetiva do grossista de peças?
O aftermarket é, por norma, um setor bastante resiliente a crises. Na nossa ótica o nível (utilização, quilómetros percorridos,etc) a que voltarem a circular as viaturas será o principal “driver” da recuperação do nosso setor.
Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento?
Nós estamos e sempre estivemos ao lado dos nossos clientes nos meses de confinamento. Nenhuma das nossas operações parou e procurámos manter os níveis de serviço dentro do contexto que viviamos e tomando as precauções necessárias. Ao mesmo tempo procurámos aproveitar a redução de atividade para nos reorganizarmos, melhorar em algumas áreas nas quais pensamos que podemos fazer mais no curto prazo e também preparar algumas novidades que iremos apresentar em breve.
A digitalização do negócio, através de plataformas B2B (e não só) assume agora uma importância maior na relação com o vosso cliente?
Para nós a digitalização tem há muito tempo um papel primordial na relação com os clientes. Há muitos anos que o portal + Valor é a ferramenta de eleição para o nosso relacionamento com os clientes. O que toda esta situação provocou foi uma tomada de consciência de como este tipo de ferramentas são fundamentais e que devemos trabalhar no sentido de as tornar mais robustas e úteis.
Qual a sua opinião sobre o futuro do negócio de peças em Portugal, tendo em conta os efeitos da pandemia? Consideram que se vai assistir nos próximos meses a uma enorme guerra de preços no mercado português?
Pensamos que o futuro se escreve cada dia. A nossa contribuição para o mesmo vai ser criar valor e ferramentas que permitam às oficinas trabalhar melhor e fidelizarem clientes e que considerem a Create como merecedora de ser seu fornecedor e parceiro de negócio. As guerras de preços secam o investimento no futuro e esse não é o nosso caminho.
Em que ano poderemos atingir os níveis de faturação idênticos aos que o setor demonstrou em 2019?
Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que seja em 2020 estando certos que se fizermos o mesmo que em 2019 não chegaremos lá.
Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 58 de julho de 2020. Consulte aqui a edição.