Como consequência da pandemia, os hábitos de mobilidade mudaram em todo o mundo: a população evita o transporte público e o car sharing, o que beneficia o transporte privado. Estas são algumas das conclusões publicadas no recente Estudo de Mobilidade realizado pela Continental em 2020.
O estudo foi realizado em populações da Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e China, e em cooperação com o Instituto de Pesquisa INFAS sociais.
A Continental realiza este estudo de mobilidade desde 2011. O estudo 2020, realizado nas primeiras semanas de setembro, é o sexto estudo da empresa e pretendeu constituir uma amostra representativa escolhendo cinco países de três continentes diferentes. Uma das áreas de foco deste estudo foi a mobilidade elétrica. Além das expectativas e do comportamento dos utilizadores em relação aos veículos elétricos, a Continental quis estudar as mudanças na mobilidade no contexto da pandemia global do COVID-19.
Em países como França e Alemanha, 80% dos entrevistados relataram ter mudado seu meio de transporte durante a pandemia. Uma tendência semelhante pode ser observada nos EUA, com 81% dos entrevistados a ter esta opinião. A maior mudança ocorreu na Ásia: 88% dos japoneses afirmam que mudaram os seus métodos de mobilidade, enquanto na China esse número sobe para 93%.
Apesar de o número de viagens ter diminuído, grande parte das pessoas relatou aumentar o uso do carro. Na Alemanha, um quarto disse que utiliza o transporte privado com mais frequência do que antes do início da pandemia. Por outro lado, em França, onde a liberdade de movimentos foi particularmente restringida, era de 16% da população, enquanto nos Estados Unidos e no Japão, 22% e 21%, respetivamente.
Alguns resultados do Estudo de Mobilidade Continental de 2020 indicam que 6% dos pesquisados no Japão e na Alemanha e 15% nos Estados Unidos afirmaram ter comprado um carro ou pensado em comprá-lo a médio ou longo prazo.