De acordo com um Estudo Anual do Standvirtual, os preços médios dos veículos usados têm vindo a conhecer uma estabilidade desde outubro de 2022.
Os preços aumentaram progressivamente desde dezembro de 2020, momento em que se situavam nos 18.500€. Em dezembro de 2022, o preço médio era de cerca de 23.500€, o que revela um aumento de +27% face a dezembro de 2020 e de 12% face a dezembro de 2021, quando o preço se fixava em 21.000€. No entanto, os preços médios das viaturas usadas demostram estabilidade desde outubro de 2022 até ao momento. Tal relaciona-se com o aumento da disponibilidade de veículos a partir do último trimestre de 2022, quando a oferta de ligeiros de passageiros volta a estar positiva, pela primeira vez, desde maio de 2021. Há, neste momento, um impulso da oferta de novos e, consequentemente, de usados através sobretudo do defleet das empresas de rent-a-car.
Os preços do comércio e do retalho, segundo dados da BCA, abrandam a partir de setembro de 2022, refletindo o aumento da oferta. No entanto, os preços elevados, agravados pela atual situação económica, levam o consumidor a procurar viaturas mais baratas, com mais quilómetros e idade, o que aumenta a pressão nos veículos acima de 5 anos.
O tempo de venda de veículos com menos de 1 ano, até ao último trimestre de 2022, esteve estabilizado, porque havia uma maior procura por carros entre 5 a 10 anos. No entanto, a partir do último trimestre de 2022, o tempo de venda volta a aumentar para veículos de todas as idades, pois existe uma quebra dos indicadores de confiança dos consumidores, com a inflação e o aumento das taxas de juro.
“Apesar de os preços dos veículos usados terem estabilizado a partir do último trimestre de 2022, estes continuam bastante acima do que se verificava há três anos, depois de terem aumentando devido à escassez de produto e à crise do setor” refere Nuno Castel-Branco, Diretor Geral do Standvirtual. “Esperamos que a situação económica atual estabilize, de forma a melhorar as perspetivas de recuperação de mercado que já se estavam a começar a sentir na segunda metade do ano passado, quando voltou a haver mais oferta e os condutores voltaram a pensar em adquirir viaturas”.