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“A possível entrada de um player externo com outra dimensão e comportamento também poderá causar alguma disrupção no mercado”, Tiago Domingos, Auto Delta

11 Janeiro, 2023

A Auto Delta teve em 2022 um ano marcante, não só para a própria empresa, como para o mercado aftermarket em Portugal. Tiago Domingos, do marketing da Auto Delta faz o balanço de 2022 e perspetiva já o futuro.

Que ensinamentos se podem tirar de 2022, ao nível do Pós-venda em geral, para os próximos anos?
O principal ensinamento que se poderá retirar de 2022 é que o Aftermarket nacional, apesar da conjuntura económica bastante influenciada pela inflação generalizada, é um mercado vivo e capaz de se adaptar, tal como já se tinha verificado aquando da crise das dívidas soberanas e do resgate financeiro a Portugal. Por outro lado, tem sido interessante verificar as mais diversas movimentações e concentrações de players: mais uma prova de que o nosso mercado está bastante consciencializado dos mais diversos desafios que se nos colocarão no futuro e para os quais o aumento de dimensão é fundamental.

Mesmo com a inflação e com as dificuldades no abastecimento de peças, qual o balanço que fazem da vossa atividade em 2022?
O balanço que fazemos é bastante positivo. Conseguindo alcançar os objectivos estipulados para 2022, a Auto Delta conseguiu mesmo ultrapassar alguns indicadores o que, tendo em conta a exigente situação económica que vivemos, foi muito categórico. A pesquisa e disponibilização de soluções efectivas para os nossos parceiros comerciais que pudessem contornar as dificuldades de abastecimento bem como uma negociação permanente de forma a acautelar o crescimento da inflação foram fundamentais para que finalizássemos 2022 de forma bastante positiva.

Qual foi o facto mais marcante da vossa empresa em 2022? Que reflexos esse facto terá na vossa atividade?
O facto mais marcante de 2022 tem de ser a entrada da Crest Capital Partners no capital da Auto Delta por via do fundo Crest II. Este acontecimento fundamental na vida da empresa já começou a representar um aumento de capacidade competitiva e de pontuar pela diferença num mercado cada vez mais desafiante. A manutenção da filosofia de fundação da Auto Delta, assente na sustentabilidade e rigor financeiro, aliada a uma diferente capacidade de investir e de fazer mais e melhor é uma realidade e sê-lo-á no futuro.

Quais são os cenários mais prováveis para 2023, que possam condicionar (positiva ou negativamente) a atividade pós-venda em Portugal?
Apesar de acreditarmos na capacidade de adaptação do nosso sector, a verdade é que a continuação da guerra na Ucrânia, com reflexos bastante visíveis na taxa de inflação e uma possível instabilidade política no nosso país poderá agravar a situação e começar a ser um fenómeno algo disruptivo. Olhando para outros cenários, a possível entrada de um player externo com outra dimensão e comportamento também poderá causar alguma disrupção no mercado sendo que acreditamos verdadeiramente que os fenómenos de concentração continuarão a existir e a ser principalmente um benefício visível para todo o mercado.

Quais são as perspetivas da vossa empresa para 2023? Vai haver novos investimentos?
Na Auto Delta nunca delineamos estratégias nem definimos objectivos que sejam fantásticos mas difíceis ou mesmo impossíveis de cumprir ou atingir. A verdade é apenas uma: marcar a diferença diariamente disponibilizando produtos de qualidade inquestionável e que sejam um benefício palpável para os nossos parceiros comerciais. Por outro lado queremos também estar mais próximos de todos aqueles que trabalham, sentem e gostam de automóveis, mostrando que a Auto Delta é muito mais que uma empresa comercializadora de peças para automóveis: é uma entidade com um profundo conhecimento do mercado automóvel nacional.

 

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