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“O aftermarket está a crescer pelo facto do OE estar a perder terreno”, António Mateus

10 Janeiro, 2017
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António Mateus, da TMD Friction, aborda o balanço de 2016 no aftermarket com a tradicional frontalidade, perspetivando que em 2017 irá ser um ano de rigor e não de “apostas”.

Qual o balanço que faz da actividade da sua empresa em 2016 em Portugal e quais foram os factos mais marcantes no setor no nosso país?
Bastante positivo. Com crescimento bem acima do estimado na revisão de verão, e superior a 2 dígitos. O nosso setor foi dos que mais beneficiou com a estabilidade política e com o otimismo económico generalizado.

Que análise faz do mercado do aftermarket em Portugal atualmente?
Embora julgue que o mercado total esteja (mais ou menos) estagnado, o aftermarket está a crescer pelo fato do OE estar a perder terreno, devido essencialmente, a um estrangulamento financeiro agravado com a crise desde 2010. Note-se, por exemplo, na concentração que se verifica na distribuição das marcas de automóveis. Penso que as marcas “premium” vão continuar a ganhar terreno, porque o diferencial para as marcas “budget” justifica cada vez menos a utilização destas. Teremos em pouco tempo o abandono parcial das marcas “budget”.

Quais as perspectivas para 2017 e futuro, e que factos poderão vir a marca este setor em Portugal e no estrangeiro?
Na minha perspetiva, 2017 será em tudo muito semelhante a 2016. A concentração da distribuição irá atingir as peças (além dos automóveis) mas mais suavemente. Todos os “players” andarão, ainda, mais atentos às cobranças. Não se vislumbram insolvências imediatas nem a prazo, no setor. Julgo que irá ser um ano de rigor e não de “apostas”.

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