A APDCA emitiu um comunicado, antecipando um previsível cenário de novo encerramento dos stand´s de automóveis, por causa da segunda vaga da pandemia de Covid-19. Diz a APDCA que um novo encerramento “aumenta consideravelmente o risco de agravamento da saúde financeira dos empresários e, consequentemente, dos seus colaboradores”.
COMUNICADO APDCA
A Associação PortÅuguesa do Comércio Automóvel – APDCA, vê com preocupação a possibilidade, ventilada por membros do executivo governamental e meios de comunicação social, de voltarmos a um confinamento que possa obrigar os nossos associados e restantes empresas do setor a fechar as portas por um determinado período de tempo e de acordo com orientações ainda por esclarecer.
A APDCA gostaria de relembrar que a Associação, em representação dos seus associados, aderiu desde a primeira hora ao protocolo sanitário.
Que as empresas do setor do Comércio de Usados fizeram um esforço significativo para adaptar as suas estruturas a uma nova realidade e contribuir ativamente para o fim desta pandemia avassaladora a todos os níveis, adquirindo os meios de mitigação da propagação do vírus sugeridos pela DGS e cumprindo rigorosos métodos de funcionamento de forma a reduzir o risco junto dos seus colaboradores e clientes.
Esse cumprimento rigoroso dos protocolos e as medidas levadas a cabo têm demonstrado um elevado grau de eficácia, contribuindo para que o nível de contágio neste tipo de instalações e empresas seja praticamente inexistente.
Assim, salientamos que medidas como o encerramento, ainda que balizado temporalmente, das nossas empresas aumenta consideravelmente o risco de agravamento da saúde financeira dos empresários e, consequentemente, dos seus colaboradores.
Manter a capacidade de atendimento e as deslocações para entregas e vendas, mesmo que em horários mais reduzidos, seria de extrema importância para a vitalidade das empresas e para a capacidade de estas honrarem os seus compromissos.
Para atenuar o impacto devastador que a impossibilidade de manter a atividade provocaria, a somar aos enormes desafios colocados ao longo de 2020, a APDCA relembra a necessidade premente de colocar em prática as medidas que há muito sugerimos e que ganham uma importância acrescida perante o agravamento da crise que se adivinha.
Medidas com caráter de urgência como:
- A suspensão da liquidação do IUC das viaturas em stock (registadas on-line pelo stands).
- A manutenção da tesouraria das empresas para fazer face aos seus compromissos, aliviando a carga fiscal através do adiamento e divisão por parcelas do IVA, pagamento por conta, segurança social e IRS, por exemplo.
- O apoio ao abate de viaturas mais antigas (a média de idade do parque automóvel nacional é de 13 anos) por viaturas novas ou usadas até 5 anos, mais seguras e com valores de emissões de CO2 incomparavelmente mais reduzidos.
Por fim, a APDCA pretende sensibilizar o executivo para a inevitabilidade de agilizar os apoios previstos, desburocratizando os procedimentos, e de criar medidas diretas de apoio ao setor automóvel, um dos mais fragilizados e sacrificados pela pandemia.
Mais uma vez a APDCA reforça que será sempre parte da solução e nunca do problema, mostrando-se disponível para colaborar ativamente com todas as entidades e restantes associações do setor automóvel, no sentido de atenuar o aumento de casos verificado, de reduzir o risco de contágio e de contribuir para o bem estar e segurança de todos os portugueses.