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Covid-19: CLEPA analisa pespetivas de recuperação económica do setor

8 Maio, 2020

Uma pesquisa da European Association of Automotive Suppliers (CLEPA) para avaliar o impacto da crise do Covid-19 mostra que as perspectivas do setor pioraram nas últimas semanas.

Mais de 90% das empresas esperam uma queda na receita em 2020. E 35% esperam uma redução de mais de 30%. A queda dos lucros é também esperada. A perspectiva de uma recuperação rápida também piorou significativamente. Três em cada quatro empresas temem que demore mais de um ano para recuperarem, enquanto há quatro semanas se previa entre 6 a 12 meses. Um terço dos entrevistados conta com um prazo de 2 a 3 anos. A CLEPA fez esta pesquisa entre 27 e 30 de abril, com o apoio da consultoria McKinsey.

A volatilidade da procura é considerada a questão mais crítica para a cadeia de fornecimento neste momento, com quase 90% dos entrevistados a classoficar esse tópico como a sua principal preocupação. Neste sentido, a CLEPA, juntamente com as outras associações setoriais europeias, instou os governos da UE a lançar medidas para iniciar a recuperação económica e apoiar o relançamento do setor.

Para lidar com a crise, uma grande parte das empresas (84%) planeia cortar investimentos e reduzir a força de trabalho (78%). Quase 40% já adotaram medidas para reduzir os orçamentos de P&D, com 32% indecisos e 30% contra. Os fornecedores estão entre os maiores investidores privados em P&D, contribuindo significativamente para a competitividade do setor automóvel na Europa.

Metade dos entrevistados planeia ajustar o investimento e a força de trabalho já a curto prazo. O restante prevê que essas medidas sejam tomadas nos próximos 6 a 12 meses. Até o momento, os empregos de mais de 1,1 milhão de europeus empregados por fabricantes de veículos são afetados por paralisações nas fábricas.

A saúde e a segurança no local de trabalho continuam a ser uma questão de prioridade durante e após o aumento da produção: 85% dos entrevistados indicam estar bem preparados e aplicar medidas proativas de mitigação de riscos. O equipamento de proteção individual (EPI) é visto como a principal medida aplicada nas fábricas. Medidas de distanciamento e desencontro de turnos estão também a ser amplamente aplicadas.

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