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DOSSIER Marcas do Aftermarket: “Continuaremos a trabalhar no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores”, Victor Guerra Videira, BASF

21 Agosto, 2019

Victor Guerra Videira, Managing Director BCSP da BASF, analisa o aftermarkete e revela alguns detalhes da estratégia da BASF para o futuro.

Quais são os principais desafios que as marcas do aftermarket enfrentam para o futuro?

O mundo, os hábitos e necessidades dos nossos clientes evoluem e, portanto, a capacidade de nos adaptarmos e oferecermos soluções que se antecipam às necessidades do futuro é o nosso maior desafio. Por exemplo, a maior concentração de oficinas significa que devemos adaptar os nossos processos à forma de trabalhar desses atores, que procuram processos de trabalho mais rápidos e eficientes.

Como se estão a preparar para a eletrificação do automóvel?

Os novos modelos de mobilidade e a eletrificação de veículos são uma realidade. Embora seja verdade que ainda há um longo caminho a percorrer para que estes representem uma parte importante do parque automóvel, a BASF trabalha há anos focando os produtos e serviços para adaptá-los às necessidades, e estamos a desenvolver produtos e serviços, em conjunto com os principais fabricantes automóveis mundiais, para fornecer soluções para estes novos desafios.

Que efeitos a eletrificação do automóvel poderá ter no futuro do aftermarket e
nas empresas do aftermarket?

Se nos concentrarmos apenas no processo de repintura, não existem diferenças substanciais em comparação com os processos realizados em veículos de combustão tradicionais. No entanto, se falarmos sobre o processo de reparação global, há grandes diferenças, e há alguns anos que estamos a trabalhar para oferecer processos que ajudem a que se façam reparações mais eficientes. Em termos de produto, desenvolvemos, durante anos, produtos que exigem menores temperaturas de secagem por infravermelho, ultravioleta ou ao ar, o que evita a exposição a altas temperaturas das peças a serem reparadas.

O futuro do aftermarket passará pela cada vez maior concentração da atividade em grandes grupos?

A tendência da concentração do mercado é algo que se tem vindo a verificar há alguns anos. A exigente procura do setor está a originar o desaparecimento de pequenos negócios que não atingem os níveis de eficiência exigidos pelo mercado, contribuindo para que os grandes grupos e cadeias que gozam de maior produtividade possam assumir esses pequenos negócios, provocando uma maior concentração do mercado.

Como avaliam o crescimento de empresas como a TEMOT, ATR, GROUPAUTO, NEXUS, GLOBAL ONE, etc.?

O crescimento deste tipo de companhias tende a aumentar, e terão um papel cada vez mais importante no desenvolvimento futuro do setor. Como parte do setor refinish, a BASF está atenta a sua evolução.

Que ferramentas digitais, em termos de acompanhamento técnico, a vossa empresa tem desenvolvido paras as oficinas?

Estamos a trabalhar no desenvolvimento e implementação de soluções digitais que ajudam as oficinas a serem mais eficientes. Recentemente, lançámos a última geração de espectrofotómetros, o que ajuda a agilizar a procura das cores. E estamos a trabalhar noutras soluções que fornecerão às oficinas um apoio técnico muito mais interativo, flexível e disponível 24 horas por dia.

O que é que uma oficina independente poderá esperar no futuro de uma empresa como a vossa?

Independentemente da transformação digital ou das mudanças nos modelos de mobilidade, continuamos a trabalhar na orientação ao cliente e em oferecer soluções, via produtos ou serviços, que ajudem o cliente a desenvolver os seus negócios e a serem cada vez mais eficientes. Pelo que, no futuro, continuaremos a trabalhar no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 44, de maio de 2019. Consulte aqui a edição.

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