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Global Peças: Crescer a pensar nas oficinas

26 Dezembro, 2025

Presentes numa região onde a concorrência é forte, a Global Peças tem apostado em marcas de referência e na proximidade aos clientes oficinais, como fatores de diferenciação. Mas não só…

Artigo publicado na edição de agosto de 2025 da Revista Pós-Venda.

Presentes numa região onde a concorrência é forte, a Global Peças tem apostado em marcas de referência e na proximidade aos clientes oficinais, como fatores de diferenciação. Mas não só…

Durante alguns anos Eddy Filipe trabalhou nas peças usadas. Paulo Rocha esteve também ligado às peças (de chapa) numa empresa de referência. O negócio das peças aproximou-os. Ambos lideram a Global Peças desde 2008, tendo iniciado com um pequeno armazém de 220 m², mas uma década depois passaram para um armazém de maiores dimensões, onde atualmente ainda se encontram.

“Sempre adaptamos a nossa política de produto ao que o mercado pedia. Já trabalhámos muito material de motor, que se está a voltar a pedir, mas atualmente estamos muito virados para material elétrico, sensores, atuadores, etc., para além naturalmente do material de desgaste, que está sempre a ser pedido”, começa por contar Eddy Filipe.

Para este responsável da Global Peças, o maior problema neste momento nem está nas peças, nem na sua rotatividade, mas sim na ausência de profissionais para trabalhar: “Já nem falo dos mecânicos, no setor da distribuição das peças existe uma enorme rotatividade de profissionais. Nós somos o espelho do que se passa no setor aqui na nossa região, pois é cada vez mais difícil contratar profissionais”.

Tal situação, reconhecem os gerentes da Global Peças, tem cada vez mais impacto na atividade regular de empresas como a Global Peças, afirmando Paulo Rocha que “claro que se podia trabalhar muito mais e melhor, mas na verdade não há novos profissionais que queiram entrar para este negócio”.

Atendendo a esta realidade, Eddy Filipe reforça que “é uma situação que nos preocupa muito, porém, a nossa sorte é a equipa que está connosco desde o início, que nos permite manter um bom nível de serviço”.

Também preocupados com a crescente falta de profissionais da mecânica, mas também da falta de capacidade técnica de algumas oficinas, Eddy Filipe não antevê um bom cenário para o futuro, mas afirma que a Global Peças tudo tem vindo a fazer para inverter essa situação. Daí que a Global Peças tenha integrado o projeto da AD em Portugal, há três anos, acima de tudo para poder proporcionar às oficinas formação e apoio técnico, para além naturalmente das peças da melhor qualidade possível.

“Estamos numa zona em que existe muita concorrência, alguns deles com uma oferta muito profissional, por isso, nós como gostamos muito do projeto de formação e de um apoio técnico que realmente funciona, como é o caso da AD, achámos que poderíamos ser igualmente competitivos integrando este projeto”, explica Eddy Filipe.

Em termos de marcas de peças, a política da Global Peças está definida há muitos anos. “Só trabalhamos com marcas premium do aftermarket e são essas que temos em stock. Sempre foi um trabalho que fizemos com os nossos fornecedores e que não queremos abdicar disso”, assegura Paulo Rocha.

Do ponto de vista da distribuição, a Global Peças dispõe de um balcão, que continua a ter muito movimento, mesmo das oficinas de proximidade. Depois existem rotas definidas para zonas pré-definidas, com quatro carrinhas e uma mota. “Neste momento a nossa base de clientes vai até cerca de 25 quilómetros das nossas instalações, com rotas para Águeda, Albergaria e outras zonas, sendo que em Aveiro a nossa presença é uma constante”, explica Eddy Filipe.

Por via da integração no projeto AD, a Global Peças passou também a ter uma atividade, com mais regularidade, na venda de ferramentas e de equipamentos. Tendo ao seu dispor uma oferta muito mais global de produtos e serviços, Eddy Filipe reconhece que neste momento não existe forma de dizer não ao seu cliente oficinal.

“Dizemos sempre que sim, pois a seguir à peça, vem a ferramenta, o equipamento, o lubrificante, a formação, etc. São oportunidades que temos que aproveitar e que queremos aproveitar, mesmo com as dificuldades que temos com a falta de recursos humanos”.

Os responsáveis da Global Peças revelam que a presença nas feiras (Expomecânica e Motortec), juntamente com a AD, foi “algo que nos transportou para outra dimensão e que foi muito importante para nós e para os clientes oficinais que foram connosco, que assim se aperceberam da dimensão desse projeto”.

Outra iniciativa que a Global Peças quer abraçar é a do projeto da rede oficinal Expert Service Car. “Sabemos que algumas das oficinas que estão no programa Millenium já têm capacidade para ser uma Expert. Reconhecemos as vantagens deste projeto e por isso temos intenção de o desenvolver”, diz Paulo Rocha.

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