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Novo estudo de mobilidade da Continental no setor dos pesados

1 Dezembro, 2016
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No estudo de mobilidade da Continental, que a empresa realiza pela quarta vez, verifica-se, em outros dados, que 72% dos condutores com pelo menos 30 anos de experiência profissional gostariam que existissem mais sistemas de assistência à condução.

Competição, legislação ambiental, tecnologias digitais, novos intervenientes no negócio dos transportes, falta de condutores qualificados – o sector dos transportes enfrenta vários desafios, como mostra o quarto Estudo de Mobilidade Continental (Continental Mobility Study).

No estudo, intitulado “O Camião Conectado”, mais de metade dos peritos em logística revelaram receio de que o seu sector seja deixado para trás à medida que as tecnologias digitais avançam. “No sector dos transportes, as fatias do bolo são distribuídas e o cliente dita o preço” – esta frase, dita por um perito em logística no âmbito deste estudo, foca o ponto central da situação. 88% dos peritos em logística concordam com a ideia de que a pressão dos custos, que em qualquer dos casos é enorme, continuará a intensificar-se. Para a maioria destes peritos (82% na Alemanha) os investimentos devem ser pagos no período de dois anos.

“A compulsão para poupar no sector dos transportes constitui a base dos nossos esforços para uma maior otimização de veículos comerciais. É também a base de todos os nossos esforços para levar a condução automática – o platooning ou comboios de camiões – para produção o mais rapidamente possível. Estamos a trabalhar nos aspetos técnicos. O enquadramento legal deve ser rapidamente desenvolvido”, explicou Elmar Degenhart, presidente do Conselho de Administração da Continental, durante o IAA, que decorreu em Hanôver. Neste evento a Continental mostrou inovações para uma utilização cada vez maior da tecnologia digital.

No contexto da pressão dos custos e das legislações ambientais mais rigorosas que são esperadas para o setor, as declarações dos condutores sobre comportamentos relacionados com a poupança de combustível sugerem que ainda existe margem para otimização. No transporte local para distâncias até 150 km, 28% dos condutores inquiridos na Alemanha revelam que as suas empresas não consideram a poupança de combustível importante. Pelo menos 19% dos condutores que trabalham no transporte rodoviário nacional e internacional de longo curso dizem o mesmo. Quase metade dos condutores de pequenas carrinhas de entregas e de camiões com peso até 7.5 toneladas também sublinham que comportamentos relacionados com a poupança de combustível não são importantes.

Entre os gestores e proprietários de frotas, no entanto, as tecnologias que contribuam para a poupança de combustível, assim como os sistemas de monitorização de pneus (que também podem influenciar significativamente o consumo através de meios de correção da pressão dos pneus) ocupam o segundo e terceiro lugares nas suas listas de compras.

O sector parece estar bastante satisfeito com os veículos comerciais que estão a ser usados atualmente. Isto aplica-se especialmente em aspetos como a fiabilidade (67%) e assistência e manutenção (64%). Dois terços dos condutores alemães valorizam, acima de tudo, a fiabilidade e a funcionalidade dos sistemas avançados de apoio à condução (66% para cada um).

É curioso verificar que 72% dos condutores com pelo menos 30 anos de experiência profissional gostariam que existissem mais sistemas de assistência à condução. Ainda assim, ainda existe um interesse muito reduzido na condução automatizada. Mesmo perante a enorme pressão no sector dos transportes no que diz respeito a custos e competitividade, apenas 28% dos peritos em logística encaram a condução automatizada como uma oportunidade para o sector. Na China, porém, este valor atinge quase metade (47%). No que diz respeito a este ponto, o sector ainda tem muito trabalho a fazer no sentido de persuadir e informar as pessoas antes destes sistemas começarem a ser produzidos.

Este é o quarto Estudo de Mobilidade da Continental. O infas (instituto de pesquisa social e de mercado) inquiriu peritos em logística, transportadores, operadores de frotas e condutores de longo curso na Alemanha e na China. O foco deste estudo foram os desafios enfrentados pelo sector logístico em consequência da crescente implementação da tecnologia digital e conectividade.

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