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“O desafio é reunir a tempo os conhecimentos de mercado necessários para desenvolver os produtos certos”, Martin Ratón Arias, Diesel Technic

27 Agosto, 2021

Martin Ratón Arias, da Diesel Technic explica à PÓS-VENDA PESADOS a estratégia da marca no desenvolvimento de produtos adequados à evolução tecnológica dos veículos

Como perspetivam o futuro do negócio de aftermarket ao nível das peças para veículos pesados?

Depende do ponto de vista a que está a analisar o negócio. Da nossa perspectiva, vemos oportunidades e desafios ao mesmo tempo, mas ambos de uma forma positiva de ganhar mais quota de mercado, aumentando a confiança da nossa rede de distribuição na nossa marca DT Spare Parts.

Que investimentos tem feito a vossa marca para se preparar para as necessidades das futuras gerações de veículos pesados?

O investimento mais importante foi a expansão do nosso armazém sede no valor de 30 milhões de euros. Este investimento assegura que a nossa empresa está preparada para as exigências do mercado do presente e do futuro próximo. Também o investimento do crescimento contínuo das nossas filiais como a nossa filial Ibéria, um sinal claro para o mercado de que estamos preparados para as novas exigências da procura.

Que impacto terá no vosso negócio de peças aftermarket o aumento de veículos pesados elétricos?

Em termos gerais, o impacto é enorme devido à perda de uma elevada percentagem de partes móveis de um veículo de combustão. Se falamos especificamente de veículos pesados, o impacto depende se falamos de equipamento de autocarros metropolitanos e vans de serviço de última milha ou se falamos de veículos de médio e longo alcance. Em qualquer caso, historicamente, a Diesel Technic tem sido capaz de adaptar a carteira à procura atual.

Que desafios e oportunidades trazem à vossa marca estas novas formas de propulsão?

O desafio é reunir a tempo os conhecimentos de mercado necessários para desenvolver os produtos certos. Mas, como mencionado anteriormente, a mudança em algumas aplicações será mais lenta do que se esperava no setor dos veículos ligeiros, onde foi criada uma enorme dinâmica para impulsionar a mudança.

Quais as mais recentes novidades que lançaram ao nível das peças para veículos pesados?

Em termos de peças, temos vindo a desenvolver em profundidade a gama de produtos, por forma a cobrir a maior parte das necessidades do mercado. Apenas como exemplo, todos os diferentes tipos de sensores e dispositivos para redução de emissões fizeram parte da nossa última expansão.

Vão lançar novas gamas de peças para veículos pesados num futuro próximo? Quais?

Investigar novas gamas é algo que está planeado. Um dos nossos objetivos é oferecer gamas completas aos nossos clientes em praticamente todos os grupos de produto. Para isso, concentramo-nos essencialmente nos fabricantes dos BIG7, mas iniciámos pesquisas também em reboques. Muitas vezes torna-se desafiante lidar com a área logística tendo em conta o tamanho das peças dos veículos pesados, mas com o novo armazém em Gelsenkirchen teremos mais possibilidade de armazenamento de peças que não se adaptam a uma palete normal. Os componentes elétricos serão um dos nossos focos uma vez que o consideramos um dos mais importantes grupos de produto do futuro. O nosso mais recente grupo de produto será o NOX – sensores e encontramo-nos atualmente a planear a implementação de 20 itens de movimento rápido. Os sensores NOX são parte do sistema de AdBlue. Naturalmente estamos a desenvolver outros componentes deste sistema tais como unidades de dosagem ou módulos de bomba. Os primeiros resultados serão divulgados em breve.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda Pesados n.º 34 de junho/julho de 2021. Consulte aqui a edição.

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