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“O momento atual do negócio aftermarket é muito complexo e altamente desafiante”, Francisco Neves, Autozitânia

4 Novembro, 2025

As plataformas da Pós-Venda comemoram 10 anos. Para marcar a ocasião, reunimos testemunhos de profissionais de diferentes setores do aftermarket, incluindo Francisco Neves, da Autozitânia.

O que está a suceder no negócio das peças, era o que previa há 10 anos que
estivesse a acontecer agora?

A nível global, as transformações que hoje observamos no negócio aftermarket vão de encontro às previsões de tendências gerais que antecipávamos há uma década. Podemos referir tendências como a consolidação do negócio, a globalização das cadeias de abastecimento ou o crescimento da complexidade dos veículos atuais. O que não poderia ser totalmente previsível, seria a velocidade vertiginosa e a complexidade com que estas mudanças ocorreram. Contudo, podemos referir que as tendências que se verificaram a nível global, vão de encontro às previsões gerais realizadas há 10 anos.

Quais foram as grandes mudanças no aftermarket nestes últimos 10 anos?

O setor aftermarket transformou-se e evoluiu a um ritmo muito elevado, registando mudanças significativas em várias áreas, que foram de encontro às tendências globais previstas. Destacamos algumas das maiores mudanças que ocorreram, como a consolidação dos maiores players do setor, a globalização das cadeias de abastecimento, o aumento da complexidade e da tecnologia dos veículos, a tendência de eletrificação, o comportamento do consumidor ou a digitalização dos processos.

Como caracteriza o momento atual do negócio aftermarket?

O momento atual do negócio aftermarket é muito complexo e altamente desafiante. Atravessamos um período extremamente exigente, com as mudanças a ocorrerem a velocidades muito elevadas, que exigem uma grande capacidade de adaptação e inovação constante. Face aos desafios constantes, é essencial manter uma estrutura sólida e antecipar tendências do negócio, garantindo uma resposta rápida, eficaz e preparada para as exigências do setor.

Como perspetiva que será o negócio aftermarket daqui a 10 anos? Que peças mais se irão vender?

Realizar previsões num espaço temporal tão grande é um exercício muito difícil, mas poderemos apontar algumas das possíveis tendências globais de um modo geral. Perspetivamos que o aftermarket poderá ser ainda mais tecnológico, conectado e especializado, adaptando-se continuamente à evolução do parque automóvel, com destaque para o crescimento da conectividade, da eletrificação e da digitalização dos processos de reparação. Concluindo, perspetivamos que o mercado aftermarket será ainda mais exigente e mais especializado. Quanto às perspetivas das peças mais vendidas, podemos referir os componentes eletrónicos, de conectividade, de assistência à condução e de gestão térmica, os sensores, assim como as peças específicas para veículos elétricos e híbridos. Contudo, não poderemos esquecer que as peças de desgaste (embora mais tecnológicas e com maior complexidade), continuarão a representar uma fatia importante do mercado.

O que, no seu entender, mais irá impactar o aftermarket durante os próximos 10 anos?

As tendências globais terão um impacto significativo no aftermarket, impulsionadas por múltiplos fatores influenciadores, que evoluem a uma velocidade sem precedentes, e que poderão transformar profundamente o setor. Podemos destacar possíveis fatores impactantes como a evolução da complexidade tecnológica dos veículos, a inteligência artificial, a conectividade, a digitalização, a eletrificação, o crescimento do e-commerce, a escassez de mão-de-obra qualificada e as novas formas de mobilidade.

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