A Gestilub é um dos distribuidores dos lubrificantes Castrol em Portugal e tem na sua génese uma grande aproximação ao negócio oficinal. Cláudia Correia, fala do impacto que a pandemia teve no negócio dos lubrificantes e da relaçõa com as oficinas.
Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
A pandemia e a crise sanitária que vivemos tem vindo a ter, obviamente, um impacto muito grande ao nível económico que se traduz em perda de vendas. Os confinamentos levaram a que as pessoas não circulassem, o fluxo de entrada de veículos nas oficinas diminuiu drasticamente, consequentemente o consumo de lubrificante diminuiu também. Terminados os confinamentos há sempre um elevado número de pessoas que se mantém em teletrabalho e por isso o consumo de lubrificante mantém-se em níveis muito baixos. Ainda que seja este um sector que se pode manter em funcionamento estamos perante um impacto económico bastante severo.
Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas? O que mais potenciou as vendas neste momento (o digital, as promoções, as campanhas, etc)?
Não existem dúvidas de que a crise que vivemos foi um acelerador da presença digital no geral, algo que foi comum e transversal a todas, ou quase todas, as indústrias. O nosso Canal Digital sofreu um impacto positivo uma vez que esta é uma forma “sem barreiras” de chegar até às pessoas, e não falo só de vendas, mas de nos “darmos a conhecer”, de efetivamente comunicarmos mais com o nosso público-alvo. Neste momento a nossa aposta tem sido muito baseada em apoiar as oficinas e por isso temos desenvolvido e comunicado um conjunto de ferramentas e promoções nesse sentido, como é o caso da garantia do motor nas Oficinas Castrol.
O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia?
Obviamente o futuro será de incerteza e de dificuldade acrescida, tendo em conta toda a situação criada pela pandemia, quer seja no fecho de oficinas, quer seja pelo elevado número de pessoas que passam a trabalhar a partir de casa e deixam de utilizar a viatura para deslocação diária. Outra adversidade para o negócio será a saída da profunda crise económica em que a crise pandémica colocou o pais. Esperam-se pois dias difíceis.
Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
O negócio dos lubrificantes, tal como o negócio de pós-venda em Portugal de forma geral, levará o seu tempo a retomar o desempenho que teve em 2019. Tendo em conta o panorama general não deverão existir melhorias significativas antes de 2022. O negócio está a ser bastante impactado pela crise pandémica e por isso a melhoria no sector estará intimamente ligada a uma melhoria no estado da crise sanitária ou eventualmente uma resolução da mesma.
Artigo publicado no Especial Lubrificantes da revista PÓS-VENDA 66