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“O reforço de stock é das poucas soluções disponíveis”, Rui Valente, MCoutinho Peças/AZ Auto

3 Setembro, 2021
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Consciente do problema que existe ao nível da escassez do fornecimento de peças, Rui Valente, Assessor de Administração MCoutinho Peças/AZ Auto, explica que essa situação está a exigir uma optimização de toda a operação.

Que efeitos está a ter na vossa atividade a dificuldade de abastecimento de peças junto dos vossos fornecedores?
Do ponto de vista dos efeitos que o mercado já sente, fruto desta crise de fornecimento, destacamos aqueles que são transversais a todos os players:

  • Dificuldades em repor stocks e por isso vendas perdidas;
  • Aumentos de matérias primas leva a aumentos frequentes de preçários;
  • Maior stock de segurança;
  • Aumento de custos transporte.

Esta circunstância obriga a MCoutinho Peças/ AZ Auto a um refinamento dos processos e uma otimização de toda a operação, bem como uma gestão de relações com os clientes. Esta crise no fornecimento, não é da responsabilidade dos distribuidores, mas cabe a todos fazer o máximo para não quebrar nível de serviço.

Que alternativas foram levadas à prática para compensar essas dificuldades?
O reforço de stock é das poucas soluções disponíveis e também a mais imediata. No entanto foi realizada uma pesquisa por marcas alternativas, para de alguma forma colmatar a escassez em casos mais urgentes.

Que tipologia de peças foram mais afetadas por esse problema?
Não existe uma categoria de peças mais afetada, o problema é geral, não está relacionado apenas com a tipologia mas também com a origem da matéria prima. Como se trata de uma cadeia, um aumento no início reflete-se no final, logo, todos os intervenientes ao longo da cadeia vão percebendo as diferenças e passando ao interveniente seguinte.

Poderão os preços das peças aumentar até final do ano e em 2022?
É muito provável que sim, enquanto o preço das matérias primas for mais elevado, tudo aponta para mais aumentos este e no próximo ano.
A crise dos chips é um dos exemplos que está para durar e é muito prejudicial no aumento dos preços.

Poderão os carros permanecer em média mais tempo em oficina à espera de peças?
Esse será o último cenário a ser considerado. Antes disso acontecer serão consideradas marcas alternativas para as oficinas poderem dar resposta em tempo útil ao cliente.

Existe alguma previsão, por parte dos vossos fornecedores, para este problema deixar de existir e voltar-se à normalidade que existia até finais de 2019?
Não temos informações nesse sentido. É uma conjetura complicada a nível global e dificilmente se consegue apontar datas, mas acredita-se que durante o 2º semestre de 2022 se possa restabelecer alguma normalidade ao nível dos preços e disponibilidade de transportes globais.

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