Como em quase todas as empresas do setor das peças de automóveis também o Grupo Autozitânia reagiu, reforçando stocks, às dificuldades no abastecimento de peças, como explica o responsável de Marketing e Comunicação, Flávio Menino.
Que efeitos está a ter na vossa atividade a dificuldade de abastecimento de peças junto dos vossos fornecedores?
O Grupo Autozitânia tem como pontos fortes a sua elevada disponibilidade e a sua diversidade da sua oferta, sendo que estes são fatores diferenciadores porque trabalha com stocks elevados.
Esta dificuldade de abastecimento de peças de alguns fornecedores, tem efeitos na nossa atividade, nomeadamente na disponibilidade e diversidade de material referida, colocando-nos um desafio ainda maior na nossa gestão de stock, que tem de ser ainda mais rigorosa, cuidada e precisa, para que consigamos manter o elevado nível de serviço junto dos nossos clientes.
Que alternativas foram levadas à prática para compensar essas dificuldades? Reforço de stock?
A alternativa que colocámos em prática para a manutenção do nosso elevado nível de serviço junto dos nossos clientes, foi a criação de stocks mais elevados. Contudo, esta alternativa obrigou-nos a um esforço adicional ao nível de stock de material. Exigiu um maior investimento em stocks, com encomendas de maior quantidade e obviamente de valor mais elevado, que se reflete no investimento financeiro necessário, mas também na logística de armazenagem desse mesmo material.
Que tipologia de peças foram mais afetadas por esse problema?
Relativamente à tipologia de peças, o problema é transversal, tanto a nível de tipologia de peças como de fornecedores, pelo que não podemos referir que algum tipo tenha sido mais afetado que outro.
Poderão os preços das peças aumentar até final do ano e em 2022?
Prevemos que sim, com a disrupção da cadeia de abastecimento e os problemas de transporte, relacionados com vários fatores como os combustíveis, considerando todos estas condicionantes seguramente que poderá ter consequência no nível de preços das peças.
Poderão os carros permanecer em média mais tempo em oficina à espera de peças?
Consideramos que os veículos em média, não deverão permanecer mais tempo à espera de peças, uma vez que existem alternativas. Os fornecedores são afetados de diferentes formas, pelo que existem várias alternativas entre os fornecedores para que as oficinas não fiquem mais tempo à espera de peças.
Existe alguma previsão, por parte dos vossos fornecedores, para este problema deixar de existir e voltar-se à normalidade que existia até finais de 2019?
Não existe previsão por parte dos fornecedores, mas calculamos que até ao próximo ano deverão continuar a existir problemas deste tipo.