Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela RedeInnov as respostas são de Mafalda Oliveira, marketing manager da empresa.

– Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
É um mercado, à semelhança de outros, muito competitivo, que se está a tornar cada vez mais exigente em relação à qualidade, tendo em conta que quanto mais evoluído é o veículo, maiores são as exigências em relação às baterias. Infelizmente, ainda é também um mercado caracterizado por alguns atores no mercado que marcam as baterias com rótulos claramente otimistas em relação à performance da bateria, informando de forma pouco precisa o consumidor sobre o produto que estão a adquirir.

– Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
Têm um peso ainda relativamente baixo, mas tem vindo a aumentar consistentemente.

– Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
Tendo em conta que os componentes elétricos e eletrónicos existentes nos automóveis não param de aumentar, as baterias que são responsáveis por alimentar todos estes componentes terão que ter maior capacidade, maior capacidade de aceitação de carga e maior resistência aos ciclos carga/descarga.

– As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
Este é atualmente um segmento que ainda se caracteriza por muito mais dúvidas que certezas. Se por um lado temos as baterias de chumbo ácido de tecnologia AGM/GEL que, à conta de aditivos de carbono, já deram provas de que ainda terão uma palavra a dizer neste segmento, por outro, a alternativa das baterias de Lithium que consegue prestações equiparáveis com metade do peso (ainda que ao dobro do custo!). E estes são claramente os dois fatores principais nesta questão: peso e custo.

– Quais os desafios e problemas que o inverno traz para as baterias?
Curiosamente, é durante o verão que as altas temperaturas provocam uma maior auto-descarga nas baterias reduzindo assim a sua resistência interna, provocando uma redução da sua vida útil. Isto leva a que nos primeiros dias de frio as baterias comecem a apresentar falhas visto que necessitam de maior potência de descarga para colocar o motor em marcha.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
Os erros são bastante diversificados, mas a título de exemplo pode apontar-se o facto de as oficinas não incluírem na sua ordem de trabalhos a verificação do estado de carga da bateria e não partilharem esses resultados com o automobilista. Só esta proatividade, que em diversos estudos já demonstrou aumentar significativamente a taxa de reposição das baterias em oficinas, levará a um melhor serviço prestado ao automobilista, apostando na manutenção preventiva e evitando transtornos maiores.

– Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
Comercializamos baterias com marca Tudor e Innovparts, ambas fornecidas pela Exide Technologies.

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