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Sistemas de telemática nas frotas automóveis das empresas aumentou 33%

5 Agosto, 2019

Como vem sendo tradição, a Arval acaba de divulgar as principais conclusões do Barómetro 2019 do Arval Mobility Observatory. Aqui ficam alguns importantes dados sobre as frotas empresariais e sobre os que as empresas pensam sobre o futuro da mobilidade.

Os empresários portugueses estão otimistas quanto ao crescimento das suas frotas automóveis, acompanhando a tendência entre as empresas europeias, e o uso de viaturas com energias alternativas é uma realidade em Portugal, com os indicadores a mostrar que as empresas nacionais têm níveis de maturidade semelhantes aos das suas congéneres europeias.

Estas são conclusões do Barómetro 2019 do Arval Mobility Observatory, estudo realizado no passado mês de março a mais de 4000 empresas, das quais 300 em Portugal e que visa fornecer informações independentes e precisas sobre a mobilidade nas empresas e partilhar a opinião dos empresários com todos os tipos de públicos – empresas de qualquer dimensão, empresários em nome individual, indivíduos, fabricantes de automóveis, organismos públicos, estudantes e outros.

Gestores de empresa apostam no crescimento das suas frotas

A maioria das empresas portuguesas mostra-se favorável ao crescimento da sua frota automóvel, superando em percentagem as empresas que preveem uma redução destes ativos nos próximos anos. Este clima de confiança é transversal à dimensão das empresas inquiridas e é reforçado pelos números, onde 15% estimam um crescimento no número de viaturas, contra
6% que antecipa o contrário. Portugal segue assim em linha com a tendência de crescimento estimada pelos gestores europeus onde se verifica que há mais 18% de empresas que preveem crescimento do seu parque automóvel, enquanto 7% estimam um emagrecimento.

Esta tendência é confirmada na análise dos resultados por dimensão de empresa, com destaque para o grande otimismo por parte dos gestores de grandes empresas com mais de 500 colaboradores, onde o barómetro do Arval Mobility Observatory mostra que 37% acredita num aumento das suas frotas e apenas 5% prevê um cenário oposto. A nível europeu é também nas empresas de maior dimensão onde se verifica um balanço mais favorável, com 26% de empresas a considerarem um crescimento das suas frotas e apenas 11% estimam uma redução de ativos.

Atualização do parque automóvel empresarial

Nas empresas portuguesas, a renovação das frotas automóveis acontece em média aos sete anos e meio (7,5 anos), enquanto que a média europeia é de apenas seis anos (6 anos). Isto significa que os gestores portugueses demoram cerca de mais um ano e meio a tomar a decisão de atualizar as suas frotas do que a média europeia. O período de renovação vai diminuindo em função da dimensão da própria frota, ou seja, quanto maior for a frota mais cedo acontece a troca de viaturas.

Em Portugal, as empresas com frotas de até 10 viaturas mantém estes ativos por 8,2 anos, enquanto a rotatividade no espaço europeu acontece em média com 6,7 anos. Por outro lado, e se comparamos as empresas com parques entre 10 e 49 viaturas, verifica-se que a diferença no tempo de decisão chega aos dois anos (os 7,4 anos em Portugal vs os 5,4 anos na média das empresas europeias). A acompanhar a média europeia está a renovação de viaturas nas empresas portuguesas com parques superiores a 50 viaturas.

Uso de energias alternativas instalado

A percentagem de empresas portuguesas que tem pelo menos uma viatura com motorização híbrida, híbrida Plug-in ou elétrica, cresceu 54% face ano anterior. São já 20% as empresas que têm nas suas frotas viaturas com energias alternativas, percentagem que está em linha com a Europa (21% das empresas).

O crescimento na utilização de energias alternativas entre as empresas portuguesas verifica-se em todos os segmentos de frotas, estando, assim, Portugal também em linha com a média das empresas europeias no que toca à utilização de novas tecnologias.
Por tipologia de energia, verifica-se uma tendência de crescimento na utilização das novas tecnologias em Portugal, nomeadamente: 13% de empresas já utilizam viaturas elétricas, 10% têm viaturas híbridas e 8% confirmam a existência de viaturas híbridas plug-in nas suas frotas. Em comparação com 2018, a percentagem de empresas nacionais que confirma utilizar viaturas com tecnologia elétrica cresceu 62%, 40% na utilização de híbridos e 60% em viaturas híbridas plug-in.

Os dados do barómetro do Arval Mobility Observatory destacam ainda que 43% das empresas nacionais já utiliza ou considera vir a ter viaturas com novas tecnologias, chegando esta projeção aos 74% entre as empresas com mais de 50 viaturas. Estes indicadores mostram que as empresas nacionais estão com níveis de maturidade na perspetiva de transição energética semelhantes aos das suas congéneres europeias.

Por outro lado, 14% das empresas portuguesas prevê um aumento de viaturas a gasolina nas suas frotas nos próximos 3 anos. Esta é a tendência que aumenta em função da dimensão da empresa e é particularmente notado nas empresas com mais de 50 viaturas em frota, com 30% deste universo a perspetivar adquirir mais viaturas a gasolina nos próximos anos.

Gonçalo Cruz, responsável pelo Arval Mobility Observatory em Portugal, diz: “Esta perspetiva de crescimento e a provável renovação das frotas automóveis, representa também uma oportunidade para as empresas tornarem as suas frotas mais eficientes do ponto de vista económico e de sustentabilidade ambiental.”

RESUMO DAS CONCLUSÕES DO ESTUDO

– Empresários portugueses estão otimistas quanto ao crescimento das frotas automóveis
nas suas empresas nos próximos anos.

– Gestores nacionais decidem sobre a renovação de viaturas nas suas empresas
um ano e meio (1,5 anos) mais tarde do que a média entre as empresas europeias.

– Uso de viaturas com tecnologia elétrica ou híbrida cresceu 54% em 2019
e mantém forte tendência de crescimento.

– 58% das empresas portuguesas prevê alterações na estrutura das suas frotas de
automóveis ligeiros, em consequência do WLTP enquanto 46% das empresas considera
mexer na sua estrutura de viaturas em consequência das notícias públicas sobre o diesel.

– Renting foi a modalidade de financiamento de automóvel com maior crescimento nos
últimos seis anos.

– 46% dos gestores nacionais põem a sustentabilidade para a empresa e a transição para
aumento do uso de viaturas com tecnologias alternativas na sua estratégia para novas
aquisições ou uso de viaturas, havendo mesmo 66% das empresas que esperam reduzir
os níveis de emissões de gases poluentes.

– O uso de sistemas de telemática nas frotas automóveis das empresas aumentou 33%
mas, gestores querem garantias de segurança na utilização de dados.

– 39% das empresas portuguesas define regras de utilização das suas viaturas para
os colaboradores e deste universo, 25% tem regras específicas sobre a segurança
na condução.

 

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