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“Estamos preparados, confiantes e motivados para afrontar esta difícil situação”

29 Abril, 2020

OPINIÃO: José Enrique Carreiro, RS Contreras

 

Gostaria de referir que estamos ante um problema de saúde pública muito grave, sem precedentes na nossa história recente. A prioridade é neste momento a saúde das pessoas, e salvar vidas tem que estar a frente de qualquer outra questão.

A nível económico estamos numa situação inédita para a qual não existia nenhum plano B ou de contingência que previsse esta situação. Ninguém podia imaginar que uma coisa destas pudesse acontecer.

O nosso modelo económico não está preparado para um fecho total e as consequências do mesmo ainda estão a ser avaliadas pelos economistas e governantes sem grandes soluções nem respostas até à data.

Tudo vai depender do tempo que durar o confinamento, que neste momento é a pregunta do milhão, pois ninguém pode fazer uma estimativa minimamente fiável.

É difícil a dia de hoje fazer grandes previsões, pois estamos ante uma situação que se altera dia a dia e não sabemos ainda quando será o ponto de inflexão dos contágios e, portanto, quando começaremos a ver a luz ao fundo do túnel.

O que está claro é que esta pandemia já está a ter grande impacto nas economias das empresas, devido ao confinamento das pessoas, a atividade reduziu-se drasticamente, fechando a entrada de dinheiro nas tesourarias, o que cria um grande desequilíbrio financeiro pois as despesas fixas (ordenados, rendas, luz, agua … etc. ) mantêm-se e portanto, estamos perante um grave problema de liquidez a curto prazo.

Se esta situação perdurar mais do que 2-3 meses, o problema será muito grave, porque as empresas dificilmente poderão suportar manter todos os seus compromissos sem ter receitas, o que pode antecipar decisões drásticas como despedimentos, lay off ou o encerramento total da atividade.

Segundo as informações que temos ouvido nos meios de comunicação, a vacina ou o medicamento eficaz para combater o vírus não estará disponível antes de um ano, o que pode levar a que, ainda que consigamos reiniciar a nossa atividade dentro de 2-3 meses, nunca será com a normalidade anterior ao impacto do vírus.

Podemos dizer que a meio prazo teremos que estar preparados para uma quebra da nossa atividade e faturação pois até termos a cura, o distanciamento social total ou parcial, terá que manter-se para evitar que outras ondas de contágio surjam, e evitar ter de fazer novas paragens, com consequências desastrosas para a saúde das nossas empresas.

Desde o ponto de vista do consumidor final temos que ter em conta que é previsível o aumento do número de desempregados em Portugal e que a incerteza no futuro crie uma situação de falta de confiança e de retração no consumo que penalize e dificulte o nosso já desejado re-start.

Desde R.S.Contreras vemos com muita preocupação o desenvolvimento da situação atual, que nos afeta a todos, mas gostaria de lançar uma mensagem de confiança e de tranquilidade. Fruto da gestão rigorosa que realizamos ao longo destes anos, estamos preparados, confiantes e motivados para afrontar esta difícil situação.

Levamos mais de 70 anos no mercado servindo, apoiando e colaborando com os nossos parceiros (clientes e fornecedores) e já ultrapassamos outras crises.

Confio que esta também será ultrapassada com o esforço de todos, para o qual vai ser precisa muita ponderação, bom senso e boa gestão.

Gostava também de frisar que para sair desta crise, será fundamental o trabalho em equipa (distribuidores, retalhistas, fabricantes, assim como a banca e o Estado) com flexibilidade e criatividade para resolver os problemas. Posturas egoístas de “salve-se quem puder ou de olhar só para o próprio umbigo”, poderão ter consequências nefastas.

Da nossa parte, como não poderia ser de outra forma, gostaria de transmitir uma mensagem de confiança aos nossos parceiros. Como sempre podem contar connosco, estamos cá para apoia-los, trabalhando em conjunto iremos dar o nosso melhor contributo para podermos ultrapassar esta crise, da qual podemos sair reforçados e mais preparados para confrontar o nosso futuro.

Por outro lado, veremos quais as consequências que o impacto da pandemia vai deixar no nosso sector. Ainda é muito prematuro para fazer grandes conjeturas, mas de partida teremos um cenário de recessão, onde a fragilidade financeira do consumidor final poderá leva-lo a optar por alternativas mais económicas. Neste sentido as marcas budget e principalmente as quality poderão desempenhar um papel importante, pois a sua relação qualidade-preço vai torna-las muito atrativas neste cenário.

Neste sentido estamos muito bem preparados e temos um portfolio muito completo com marcas que cobrem todos os segmentos.

Gostaria de destacar duas especialmente: dentro das marcas quality a Nexen, (fabricada em Europa) com uma ampla extensão de gama e de qualidade premium, que já equipa de origem os principais fabricantes de automóveis.

Dentro do segmento budget a marca Tristar é uma excelente alternativa para quem procura preço como prioridade, mas não quer descurar a questão da segurança.

Para finalizar, gostaria de lançar um apelo ao cumprimento dos nossos deveres cívicos. Nesta primeira fase devemos seguir rigorosamente todos os conselhos da DGS e, as pessoas que possam ficar em regime de teletrabalho, fiquem em casa, saindo só para o estritamente necessário (supermercado e farmácia).

Sendo disciplinados e rigorosos poderemos sair antes desta crise e depois, sim, centrarmos a 100% na parte económica e no nosso negócio.

JOSE ENRIQUE CARREIRO

Gerente R.S. Contreras

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