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“É natural que se note uma redução do número de clientes na oficina”, Rui Pereira, Mobil

A Mobil é uma marca com história no aftermarket em Portugal e que continua a ser ativamente dinamizada junto das oficinas. Rui Pereira, da Mobil, fala das novidades, do mercado e do apoio que a marca dá às oficinas através dos distribuidores.

Qual foi a mais recente novidade de produto que introduziram, ao nível dos lubrificantes? Ou, que novidades irão lançar, no futuro próximo, ao nível dos lubrificantes?
O destaque vai para o lançamento de novos óleos de transmissão manual e automática Mobil, aumentando ainda mais a nossa abrangência. Embora não se trate de uma novidade no mercado, realçamos estes produtos porque são produzidos na fábrica da Moove, em Inglaterra, demonstrando assim a forte relação e parceria com a ExxonMobil, comprovando que somos cada vez mais um parceiro estratégico no crescimento da marca Mobil a nível europeu e mundial. Além disso, destaco também a extensão da nossa oferta bag-in-box, embalagens totalmente inovadoras e projetadas especificamente para as oficinas, ajudando-as a reduzir custos e desperdícios. No total, temos já 25 óleos de motor abrangidos.

No contexto de quebra de redução dos consumos e numa quebra do mercado de lubrificantes no aftermarket, de que forma têm trabalhado a animação de vendas (diretamente ou com os distribuidores) para potenciarem as vendas às oficinas?
Ao longo dos últimos anos, o nosso plano de marketing para promoção da marca Mobil junto das oficinas tem primado pela consistência, qualidade e abrangência. Estrategicamente, desenvolvemos campanhas e programas de fidelização B2B e B2C, levadas às oficinas através da nossa rede de distribuidores. Anualmente, implementamos duas campanhas a nível nacional, uma no verão e outra no Natal. Em ambas, tentamos diversificar o mais possível e, por exemplo na campanha atualmente em vigor, estamos a oferecer uma toalha de praia Mobil. Adicionalmente, facultamos aos nossos Distribuidores todas as ferramentas para que possam criar as suas próprias campanhas ao longo do ano. Saliento ainda as nossas atividades junto das oficinas da rede Mobil Service Centre, as quais têm também campanhas e prémios exclusivos.

O acompanhamento técnico às oficinas é muito importante: que meios humanos, materiais e digitais disponibilizam às oficinas para lhes prestar acompanhamento técnico (sempre que ela necessite)?
Através dos nossos distribuidores, temos cerca de 30 comerciais a visitar diariamente as oficinas. Mantemos com eles uma proximidade e partilha constantes, pois são a nossa extensão e os responsáveis por levar a marca Mobil ao mercado. No aspeto técnico, o conhecimento e experiência de décadas leva-os a ter uma abordagem preventiva e formações e recomendações orientadas para a prática. Isso dá total garantia aos clientes, que reconhecem a excelência do serviço prestado. Quanto aos materiais de apoio, há alguns anos que decidimos reforçar a nossa presença e oferta digital, desenvolvendo e disponibilizando todos os catálogos, brochuras e até formações, fruto da estratégia e proximidade com clientes e potenciais clientes, criando uma conectividade e consciencialização da marca. A somar a isto, temos nos nossos quadros um Responsável Técnico que presta todo o apoio aos Distribuidores e clientes oficinais, inclusivamente na análise aos óleos, sempre que necessário.

Depois da pandemia e agora com a guerra na Ucrânia, qual o impacto que têm no negócio de lubrificantes para o aftermaket?
Esses dois acontecimentos em tão curto espaço de tempo e sem interregno, têm um efeito brutal no setor. Se a pandemia nos conduziu a falhas na cadeia de abastecimento devido à falta de matéria-prima e escassez de recursos, impactando a disponibilidade de muitos produtos, a guerra agravou-os e trouxe-nos a inflação, que reduz e muito o rendimento disponível das pessoas, e um aumento do preço dos produtos petrolíferos e óleos base para máximos históricos. Estes eventos são muito preocupantes para o aftermarket devido ao clima de incerteza que geram. É por isso natural que se note uma redução do número de clientes na oficina, primeiro porque a mobilidade das pessoas alterou nos últimos tempos, como são exemplo as viagens partilhadas, que diminuem o número de veículos em circulação, e depois porque evitam saídas desnecessárias. Paralelamente, fruto da menor disponibilidade financeira, adiam as manutenções, acrescendo assim o risco rodoviário, ou recorrem a alternativas pouco credíveis. Refiro-me a oficinas ilegais que emergem e tendem a procurar lubrificantes e materiais mais baratos, proporcionando serviços de baixíssima qualidade. Estes factos conjugados, tornam mais difícil a fidelização dos clientes.

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