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“O mercado continuará a evoluir no sentido de redução de volumes”, José António Monjardino, AB Chem

20 Maio, 2021
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O Administrador da AB Chem, José António Monjardino, analisa a evolução do negócio dos lubrificantes em Portugal, perspetivando que no futuro vai haver uma redução dos volumes transacionados.

Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
Com base na informação que possuímos, o mercado de lubrificantes, no setor automóvel (que inclui o Aftermarket), caiu 7% em 2020. Essa queda vem na sequência de uma queda de mercado de 2% em 2019.

Teremos que concluir que o impacto da crise pandémica deverá ser de 5% de contração do mercado. No entanto consideramos que os efeitos da crise ainda não se verificaram na totalidade, na medida em que as moratórias dos empréstimos bancários adiaram os efeitos negativos da mesma.

Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas? O que mais potenciou as vendas neste momento (o digital, as promoções, as campanhas, etc)?
No caso de AB Chem o período de pandemia foi coincidente com a alteração estratégica de canal de distribuição através da qual vendemos as nossas marcas AB Lubs e MatraX. Com a nomeação de 12 distribuidores em Portugal, conseguimos ter um efeito multiplicador de força de vendas que nos permitiu crescer ligeiramente de vendas e, por consequência, aumento de quota de mercado.

O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia?
Independentemente da pandemia, que repito tem efeitos na procura, o mercado continuará a evoluir no sentido de redução de volumes assente em três agentes de mudança:

1- A evolução técnica dos lubrificantes, com o consequente alargamento do tempo de vida do lubrificante, potenciador de redução de volumes;

2- O aumento do mercado dos carros elétricos, com alteração do perfil de necessidades de lubrificação dos motores;

3- Alteração das caixas manuais para caixas automáticas, com impacto no subsector dos lubrificantes de transmissões.

Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
Fruto da alteração do nosso processo de venda, já atingimos esse desiderato.

Entrevista publicada em março na Revista Pós-Venda 66

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