Durante a ação B-Connected 2018, promovida pela Autozitânia e pela Monroe, Paulo Cardoso e Conceição Mota, sócios-gerentes da MCS Peças Auto, revelaram algumas particularidades da empresa e os projetos para o futuro.
Há quanto tempo existe a MCS?
Paulo Cardoso: Trabalho em peças há 41 anos, e resolvi fundar a MCS em 2002. Começámos na Rua de Sapadores, durante cerca de seis anos. E estamos aqui, na General Roçadas, mais ou menos há 10 anos. Para aumentarmos o espaço, porque os clientes começaram a aparecer. Ao início começámos três funcionários, e hoje somos 20. Tínhamos um carro, e hoje temos nove e mais uma mota. Porque o negócio cresceu muito rápido, então tivemos que expandir. Tal como aconteceu com a loja em Camarate, que abrimos há cerca de cinco anos. E em relação aos nossos funcionários, temos aqui alguns que estão praticamente connosco desde o início.
Há quanto tempo trabalham com a Autozitânia?
PC: Praticamente desde que abrimos. A trabalhar mais intensamente, cerca de 12 anos. Antes, trabalhávamos com a Autozitânia, mas não com esta intensidade. E hoje é o nosso melhor fornecedor. Digo que somos como uns filhos da Autozitânia. Porque trabalhamos, em material não original, 90% de material da Autozitânia. Estamos muito contentes com esta parceria, porque é uma empresa de referência no mercado. Estamos ligados com a Autozitânia internamente, através do sistema de faturação, e isso é uma ajuda muito boa.
Conceição Mota: A Autozitânia fatura e entra diretamente no nosso stock. É muito mais fácil e evita erros.
A Internet veio dificultar o negócio dos retalhistas?
PC: Isto é como tudo na vida. Temos de saber viver com isso. Temos é uma coisa melhor que isso tudo, assim como os nossos colegas que trabalham no retalho: temos carros para entregar material, temos profissionais para explicar tudo aos clientes, damos opção de marcas melhores, ou mais baratas, porque trabalhamos com as marcas que trabalham no original. A nossa maneira de estar é essa, no entanto temos sempre de ter material mais barato. Porque há pessoas que não se importam degastar Y e outras que só querem gastar X. A opção é do cliente. E temos muitos particulares no balcão. Trabalhamos muito bem o balcão, tanto aqui como na loja de Camarate. Alguns clientes a crédito e outros a dinheiro, o que é muito bom para nós. Temos crescido também nisso.
CM: Porque estamos num sítio de passagem, por aqui circula muita gente, e por isso temos muitos clientes de balcão.
O que oferecem aos clientes em termos de formação?
PC: Temos dado formação constante aos nossos clientes. Em colaboração com a Autozitânia, que faz as formações e nós levamos lá os clientes. Hoje em dia tem de ser assim, porque os mecânicos têm de estar sempre informados e atualizados. O mercado muda muito rápido e por isso tentamos ajudar os mecânicos para que tenham maior formação, apesar de as novas gerações já gostarem de ir a formações. Os mais antigos são mais reticentes. Já se vê muitas oficinas com mecânicos jovens, alguns a abrir o próprio negócio ou que seguem o que os familiares iniciaram, e esses gostam muito de ir a formações, procuram muito este tipo de ações. Gostam de estar informados e para eles é uma mais-valia.
Quais os projetos da MCS para o futuro?
PC: Nunca se sabe o que vai acontecer, mas todos os anos temos crescido, normalmente cerca de 10%. E o mercado está melhor, porque há quatro ou cinco anos não havia poder económico. No primeiro trimestre desde ano já crescemos, o que tem sido ótimo. Temos dificuldades, como todos, com as plataformas, os importadores a vender diretamente às oficinas, e as devoluções, que existem sempre. E também os clientes finais que vão às plataformas comparar preços e confrontar com os nossos clientes. Aí temos sempre de dar uma ajuda aos nossos clientes. Mas isso vai ser assim nos próximos anos. E agora estamos com pouco espaço outra vez, estamos à espera de se concretizar um negócio com um armazém aqui perto, que tem cerca de 600 m2. Porque aqui já estamos muito limitados, e será importante, até mesmo para termos mais espaço armazém e sala de refeições para o pessoal. Como é aqui perto, é ótimo. A MCS é uma empresa muito estável. Em dois anos seguidos fomos PME Líder e Excelência. Este ano já temos a Líder, estamos à espera da Excelência.