A ANECRA decidiu, na sua 32ª Convenção, debater de forma aprofundada os desafios do pós-venda ao nível das oficinas independentes e de marca. De uma forma geral, a digitalização do setor é o tema do presente para o futuro.

Neste regresso das convenções presenciais, a ANECRA conseguiu reunir um conjunto de oradores que traçaram o presente e futuro do pós-venda.

Na fase inicial Raj Pofale, da Claim Genuis e José Inacio Rodriguez, da Cesvimap, abordaram o tema da inteligência artificial na peritagem. Em ambas as apresentações ficou evidente as vantagens desta tecnologia neste setor especifico do pós-venda (que é a colisão), com implicações diretas na redução de custos e de tempo.

José Inácio Rodriguez, diretor de desenvolvimento da Cesvimap, disse que “para uma oficina de colisão a Inteligência artificial vai ter implicações no fator tempo, melhora a experiência do cliente e influencia positivamente a gestão da oficina”.

No painel dos “Desafios de uma atividade em mudança acelerada”, em que o tema da eletrificação do parque esteve na ordem dos trabalhos, Manuel Mota, diretor geral da Cardan, referiu que “em termos de recursos técnicos e humanos não é complicada a transição para os elétricos, o problema é o retorno do investimento”.

O mesmo responsável comentou que a “eletrificação vai levar a uma alteração muito grande no modelo de negócio das oficinas em geral”.

Para Carlos Jesus, da rede Evolution (oficinas independentes de veículos elétricos), refere que a diferença que “existe entre as oficinas convencionais e as oficinas que reparam automóveis elétricos está na sua competência técnica. A competência técnica é fundamental para se estar no negócio da reparação de veículos elétricos”.

De acordo com Miguel Sousa, da Gocarmat o “elétrico é uma necessidade também para as oficinas independentes. Temos que ser nós a dizer que estamos preparados para fazer a manutenção dos elétricos de uma forma tão boa ou melhor do que fazem as marcas”.

Para Pedro Barros, da Tips4Y, a “transição energética é imparável, embora tenho duvidas como é que vamos chegar aos objetivos impostos em termos ambientais para 2030, 2040 e 2050”.

Outros dos temas deste painel foi a conetividade. Diz Pedro Barros que a “conetividade vai gerar muitas oportunidades, pois é uma nova relação que se estabelece com o consumidor final. Na minha opinião todo o trabalho de manutenção passará a ser no futuro preditivo”.

Na próxima edição da Pós-Venda (dezembro) poderá ler um pouco mais do que foi esta convenção da ANECRA em relação aos assuntos abordados ao nível do Pós-Venda.