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Pós-Venda em destaque na Convenção da ANECRA (com fotos)

A 33ª edição da Convenção Anual da ANECRA, subordinada ao tema “Um Admirável Mundo Novo”, teve como foco principal a atividade Pós-Venda em Portugal. Muitos desafios se avizinham.

Um dos primeiros temas debatidos nesta Convenção teve a ver com a ausência de recursos humanos. Parte de um dos painéis desta convenção debateu o tema de como se pode promover e dinamizar as profissões ligadas ao setor da reparação e manutenção automóvel.

Ficou claro que existe uma tremenda falta de profissionais no setor e ficou também evidente que no futuro ter-se-á que investir ainda mais em formação, como forma de uma oficina se poder diferenciar no mercado.

Jorge Marques, da oficina Proturbo, relevou neste evento que é importante que a profissão de mecânico tenha “bons ordenados, que exista uma perspetiva de gestão de carreira e que é muito importante apostar continuamente na formação”.

Manuel Valadas, Consultant da Business Managment, falou de boas práticas na captação de profissionais, chamou a atenção que a integração desses profissionais na oficina “não é devidamente tratada, o seu acompanhamento é pouco cuidadoso, em muitos casos não existem grelhas de avaliação, não existe também uma perspetiva da sua evolução profissional e o nível salarial é relativamente baixo”.

Outros dos temas debatidos foi o dos desafios imediatos da atividade de pós-venda. Mais uma vez o tema da formação foi falado pelos diversos intervenientes como forma de apostar no futuro oficinal, mas o destaque foi para o baixo valor da mão-de-obra que existe em Portugal nas oficinas.

Nuno Roldão, Vice-Presidente da ANECRA deixou a ideia de que num futuro não muito distante “as peças vão ter menos predominância face à mão-de obra. A rentabilidade das oficinas tenderá cada vez mais para a mão-de-obra e não para as peças”. No entender de José Pires, Administrador da Atlantic Parts “é urgente que se valoriza a mão-de-obra nas oficinas”.

Noutro painel, dedicado aos veículos elétricos / pós-venda, João Seabra, Managing Director da Kia disse que este negócio do pós-venda não poderá ser sustentado em pequenas empresas (como acontece atualmente), fruto da evolução futura do negócio automóvel.

Já Pedro Barros, CEO da Tips4y, apostou na relativização do tema dos elétricos no pós-venda. A verdade é que os elétricos neste momento representam apenas 0,8% do parque circulante em Portugal. “Não há uma pressão assim tão grande para as oficinas ainda”, comentou Pedro Barros.

Na edição da sua revista PÓS-VENDA (87) publicaremos mais algumas das conclusões que saíram desta 33ª Convenção da ANECRA.

 

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