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Transportes de passageiros em debate na Convenção da ARP já do dia 4 e 5 de novembro

1 Novembro, 2022

Nos dias 4 e 5 de novembro realiza-se em Tróia a XV Convenção Nacional da ARP (Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros), onde estarão em debate alguns dos temas da atualidade para o setor.

Os problemas de tesouraria gerados pela pandemia da covid-19 e a retoma do turismo, as respostas do Governo à escalada de preços dos combustíveis e o desafio da mobilidade elétrica serão temas em destaque na XV Convenção Nacional da ARP – Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros, que se realiza Blue & Green Tróia Design Hotel, na península de Tróia, nos dias 4 e 5 de novembro, com a presença da secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, que presidirá à abertura dos trabalhos.

A ARP, organização com sede no Porto que representa 150 empresas de transportes de passageiros de todo o país, do setor turístico e de serviços regulares e ocasionais de transportes públicos, preparou um programa em que se destacam as presenças, como oradores, do comentador político da SIC Luís Marques Mendes, que irá falar sobre o estado atual da economia, e do ex-secretário de Estado do Ambiente e da Mobilidade José Gomes Mendes, professor catedrático da Universidade do Minho e especialista em mobilidade urbana, que irá falar sobre o desafio da renovação de frotas tendo em vista a descarbonização.

COMBUSTÍVEIS E FALTA DE MOTORISTAS

“A Convenção Nacional da ARP será uma oportunidade para falarmos de todos os problemas que tivemos ao longo da pandemia, mas também dos novos desafios que temos pela frente”, explica Rui Pinto Lopes, presidente da direção da ARP, lembrando que a atividade dos associados tem sido “fortemente condicionada” por questões como a guerra na Ucrânia, a escalada dos preços do gás e do gasóleo, a falta de motoristas, entre outras.

“A direção da ARP tem feito um esforço brutal para tentar repor as condições de operacionalidade das empresas associadas. E temos conseguido apoios que nunca tivemos neste setor”, destaca Rui Pinto Lopes, lembrando que os desafios são constantes.

“Estamos a tentar, junto do Governo, ter acesso ao gasóleo profissional, o que espero que aconteça a partir de 2023”, adianta o presidente da ARP, que considera como “fundamental” que haja “uma forte participação das empresas de transportes na convenção para que a ARP tenha mais força junto dos organismos decisores”.

“Temos um excelente programa de trabalho. Ter informação sobre o que aí vem é essencial para planificar as nossas empresas. Daí os convites a diversas personalidades, cujo conhecimento será precioso, numa altura em que temos pela frente uma crise económica que poderá ser ainda mais complicada do que aquela que vivemos há dez anos”, declarou Rui Pinto Lopes.

MUDANÇA DE TACÓGRAFOS E APOIOS

Num plano mais técnico, que tem a ver com a gestão das empresas de transportes, os tacógrafos serão outro dos temas importantes da convenção porque, de acordo com as novas regras europeias, até 2024 todos os autocarros terão de mudar de tacógrafo, sob pena de serem impedidos de circular. “Na convenção, os empresários vão perceber todas estas dinâmicas atinentes ao seu negócio de transporte de passageiros”, indica Rui Pinto Lopes.

Marco Neves, especialista em gestão de tempos de condução e repouso, além de trazer toda a informação sobre tacógrafos, apresentará duas publicações muito úteis para os associados da ARP e todas as empresas de transportes participantes na convenção: um livro sobre tudo o que é preciso saber acerca de tacógrafos e a Agenda do Motorista para 2023, este ano com uma edição exclusiva para motoristas pesados de passageiros.

Na convenção também terá lugar uma mesa-redonda em que dois especialistas do Millennium BCP e da consultora EY-Parthenon, Hugo Cardoso e Hermano Rodrigues, respetivamente, irão falar sobre os apoios disponíveis para o investimento no setor dos transportadores pesados de passageiros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030.

O último painel será sobre os contratos coletivos de trabalho. Alcides Martins e Bruno Negrão Alves, da sociedade de advogados AMBS, irão explicar quais são as implicações do contro coletivo de trabalho para as empresas.

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