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Entraram no mercado 104.908 usados importados em 2022

15 Fevereiro, 2023

A ACAP efetuou hoje a sua tradicional conferência de imprensa sobre a evolução do mercado automóvel em Portugal. Um dos dados mais incríveis é quantidade de veículos usados importados em 2022, com uma idade média de 7 anos!!!

Em Portugal existem neste momento em circulação 6.877.000 de veículos ligeiros, comerciais ligeiros e pesados, o que corresponde a uma subida do parque circulante de 2,4%. Desse total, 5.558.000, são veículos ligeiros de passageiros, que neste momento têm um idade média de 13,4 anos (14,7 anos nos ligeiros de mercadorias). A idade média dos veículos pesados é de 14,8 anos.

Do ano 2000 para o ano 2022, a idade média do parque subiu dos 7 anos para os 13 anos, mas o que é mais surpreendente é que 45% do parque tem mais de 15 anos, quando ano 2000 era apenas de 6% (para veículos com mais de 15 anos). Se a análise for feita para os carros com mais de 10 anos, verifica-se que corresponde a 63% do parque circulante.

A idade do parque para a abate, segundo dados da Valorcar, também não tem parado de subir, vai agora nos 23,5 anos.

Ainda ao nível do parque circulante refira-se que 58,2% é ainda constituído por carros com motor a gasóleo e 36,6% por motores a gasolina, representado o parque de veículos 100% elétricos 1,2%.

Os veículos importados usados tiveram uma enorme explosão de vendas em Portugal. Em 2022 chegaram aos 104.908 veículos importados usados que chegaram ao mercado português, o que representa um crescimento exponencial face a 2021, quando entraram no mercado 72.586 veículos vindos do estrangeiro. A média de idade dos veículos usados importados é de 7 anos.

ACAP VAI EXIGIR QUE SE CUMPRA COM O ABATE

Tendo em conta este cenário, a ACAP propõe que Portugal reintroduza mecanismos de incentivo ao abate de veículos em fim de vida para acelerar a substituição dos veículos convencionais mais antigos e poluentes por veículos de baixas emissões. Neste ponto, refira-se que o Acordo de Melhoria de Rendimentos – celebrado entre o Governo e os Parceiros Sociais – prevê a implementação de um plano de abate de automóveis ligeiros de passageiros em fim de vida e que o Orçamento do Estado para 2023 contempla a criação de um mecanismo que promova a renovação do parque automóvel, incentivo que deverá acumular com outros instrumentos atualmente em vigor.

A renovação do parque automóvel (e a consequente aposta na electrificação) em Portugal – um dos dossier´s prioritários no que se refere ao futuro do sector – obrigará, naturalmente, ao investimento no desenvolvimento da infra-estrutura de carregamento.

Portugal terá de apostar, por isso, no aumento do número de pontos de carregamento por posto para otimizar e agilizar a rotação do carregamento e, ainda, na redução dos períodos de licenciamento.

Paralelamente a este ponto, a ACAP defende, ainda, o reforço dos incentivos aos veículos elétricos no Fundo Ambiental – seja em número, valor de incentivo ou tipologias –, a simplificação da aplicação de incentivos fiscais, a harmonização e reforço dos pacotes de incentivos indirectos e, por fim, a actuação ao nível dos preços finais para o consumidor, para aumentar a previsibilidade e a transparência dos custos de carregamento.

 

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