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ACAP elogia reabertura do comércio automóvel mas critica a redução dos incentivos

11 Março, 2021
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Depois de o Governo dar a conhecer as medidas de desconfinamento para os próximos tempos, a ACAP veio congratular-se com a medida que permite a reabertura do comércio automóvel de novos e usados.

Comunicado ACAP

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal), congratula-se com a reabertura dos stands de automóveis já na próxima semana. A ACAP tinha solicitado ao Governo que este sector reabrisse logo na primeira fase de desconfinamento de actividades económicas.

O sector automóvel tem um Protocolo Sanitário em vigor, desde o dia 3 de maio de 2020, tendo cumprido todas as regras de segurança. Por outro lado, os stands de automóveis são, normalmente, áreas de grande dimensão e arejadas, concentrando um reduzido número de pessoas.

No ano de 2020, o mercado automóvel de ligeiros de passageiros teve uma queda de 35 % face ao ano de 2019. Esta foi a terceira maior queda percentual, não só em todos os 27 países da União Europeia, mas também em comparação com o Reino Unido.

No mês de janeiro (e só em parte em virtude do confinamento), o mercado automóvel caiu 30,5%, quando a média de queda na União Europeia foi de 24%. Em Fevereiro (com todo o mês em confinamento) a queda foi de 59%.

A esta situação de enorme queda de mercado, acrescem dois factores muito penalizadores:

  1. Com a aprovação do Orçamento do Estado para 2021, foram drasticamente reduzidos os benefícios fiscais para os veículos híbridos. No caso dos híbridos convencionais, esse benefício foi mesmo descontinuado, já que os novos critérios previstos são impossíveis de cumprir por qualquer veículo desta categoria. Os veículos híbridos representaram 16% do mercado em 2020.
  1. Com a recente publicação do Despacho sobre apoios a veículos eléctricos, foram eliminados os incentivos à compra de veículos eléctricos por empresas!

Esta é uma medida com consequências negativas para o mercado de empresas que, como é sabido, tem uma importância muito grande, em Portugal. Veio, ainda, ao arrepio das políticas seguidas noutros Estados membros que reforçaram os apoios à compra de veículos eléctricos. Em Portugal, a retirada do apoio às empresas, nem sequer foi reforçada pelo aumento dos apoios a particulares.

Pelos factos expostos, a reabertura dos stands de automóveis, quer de novos quer de usados, era de uma importância crucial para a sobrevivência do nosso sector, tal como a ACAP tinha exigido.

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