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Iberização do aftermarket: Comercialmente juntos, culturalmente separados

12 Agosto, 2022

Não é uma situação nova, nem talvez possa ser considerada uma tendência atual, porém, o negócio de peças está cada vez mais ibérico e tenderá a ser cada vez mais no futuro.

Desde há muitos anos que muitas marcas de peças olham para Portugal e Espanha como uma única região. O centro de decisão ibérica passou em alguns casos a estar em Espanha, com algumas dessas marcas a ter apenas um KAM (Key Account Manager) para gerir a questão comercial com os distribuidores em Portugal. O mercado português talvez se tenha ressentido um pouco dessa situação, pois o acompanhamento das marcas não era tão efetivo nem tão presente como era em Espanha, mas na realidade a evolução extraordinária do aftermarket nos últimos anos fez com que os mercados se aproximassem cada vez mais.

Para alguns operadores de mercado com quem fomos falando sobre este tema, dão-nos razões diversas para esta crescente iberização do mercado, mas algumas convergem nas questões das tabelas de preços. Durante muitos anos existiam diferentes abordagens comerciais aos mercados de Espanha e Portugal, mas essa situação foi-se esbatendo (por diversas razões) e isso levou a que seja mais simples (pela perspetiva e do preço e do desconto) comercializar peças em ambos os mercados.

Outra razão tem a ver com a globalização do mercado aftermarket e a tentativa de ganhar melhores condições comerciais pelo volume de compras. Tal só era possível encontrando parceiros de um lado e de outro da fronteira que permitissem pelos volumes propor aos clientes oficinais melhores preços.

O que se tem assistido nos últimos anos é precisamente a empresas portuguesas a quererem crescer no mercado espanhol e, sobretudo, a empresas espanholas a integraram associados portugueses nas suas organizações. Logicamente que esta iberização do aftermarket não pode ser dissociado da globalização que temos vindo a assistir, que quanto maior e mais evidente for mais efeitos terá também no mercado ibérico.

Neste trabalho o que propomos é uma visão de diferentes player´s em diferentes áreas de negócio das peças a darem a sua perspetiva sobre a iberização do mercado aftermarket, os seus efeitos e consequências, sem esquecer o que as oficinas poderão beneficiar com esta iberização.

Consulte aqui o artigo completo.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 78 de março de 2022. Consulte aqui a edição.

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