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28 milhões de veículos estão aptas a utilizar eFuel

8 Setembro, 2023

A Stellantis e Aramco demonstram que 24 famílias de motores de veículos produzidos na Europa desde 2014 (Euro 6) são compatíveis com eFuels, que levará a reduzir até 400 milhões de toneladas de CO2 na Europa entre 2025 e 2050.

A Stellantis concluiu que 24 famílias de motores que equipam veículos europeus comercializados desde 2014, representando 28 milhões de veículos em circulação, estão aptas a utilizar eFuel avançados sem qualquer modificação nas mecânicas, após meses de testes nos seus centros técnicos em toda a Europa. Os testes foram realizados utilizando eFuels alternativos fornecidos pela Aramco, uma das principais empresas de energia e de produtos químicos do mundo.

O eFuel de baixo teor de carbono é um combustível sintético produzido pela reação do CO2, capturado diretamente da atmosfera ou de uma instalação industrial, com hidrogénio renovável. A utilização de eFuels de baixo teor de carbono tem o potencial de reduzir as emissões de dióxido de carbono dos veículos de combustão interna existentes em pelo menos 70%, com base no ciclo de vida, em comparação com os combustíveis convencionais.

Ned Curic, Stellantis Chief Engineering & Technology Officer, afirmou: “A nossa prioridade é proporcionar uma mobilidade sem emissões para todos, com foco na eletrificação, enquanto a nossa colaboração com a Aramco representa um passo importante e complementar para a atual frota circulante. Estamos a explorar todas as soluções para reforçar a nossa ambiciosa estratégia de nos tornarmos numa empresa neutra em carbono até 2038. A substituição de combustíveis convencionais por eFuels pode ter um impacto enorme e quase imediato na redução das emissões de CO2 da frota de veículos em circulação, oferecendo aos nossos clientes uma opção fácil e economicamente eficiente para reduzir a sua pegada de carbono, numa opção tão simples como escolher uma bomba diferente num posto de combustível, sem necessidade de modificações adicionais nos seus veículos.”

Amer Amer, Aramco Transport Chief Technologist, disse: “Estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Stellantis, um dos principais fabricantes de automóveis do mundo, para avaliar o desempenho das nossas formulações de combustível que são concebidas para representar as caraterísticas esperadas dos eFuels nos motores dos seus veículos em circulação. Os resultados dos testes reforçam a nossa visão de que o combustível sintético pode ser uma solução imediata nos veículos existentes e que, quando produzido através de uma via de baixo teor de carbono, pode desempenhar um papel importante na redução das emissões de carbono no setor dos Transportes e no apoio a uma transição energética ordenada.”

Através do seu plano estratégico de longo prazo, “Dare Forward 2030”, a Stellantis pretende reduzir em metade e até 2030 a sua pegada de carbono, face às métricas de 2021, alcançando a neutralidade carbónica até 2038. A Stellantis estima que a utilização de eFuels de baixo carbono num máximo de 28 milhões dos seus veículos europeus poderá reduzir até 400 milhões de toneladas de CO2 na Europa entre 2025 e 2050. Os testes dos eFuels alternativos realizados pela Stellantis abrangem analises às emissões no tubo de escape, capacidade de arranque, potência do motor, duração da fiabilidade, diluição do óleo, depósito de combustível, canais e filtros de combustível, bem como o desempenho do combustível em temperaturas de frio e calor extremos.

A Aramco está atualmente a operar em duas fábricas de demonstração para explorar a produção de combustíveis sintéticos de baixo teor de carbono. Na Arábia Saudita, a Aramco e a ENOWA (Neom Energy and Water Company) estão a trabalhar com vista à demonstração da produção de gasolina sintética para veículos ligeiros de passageiros. Entretanto, em Bilbau, Espanha, a Aramco e a Repsol estão a explorar a produção de diesel sintético e combustível de aviação com baixo teor de carbono para automóveis e aeronaves. Além disso, a Aramco está a trabalhar com equipas de competição automóvel para testar e demonstrar, ainda mais, o potencial do combustível de baixo teor de carbono como solução imediata para reduzir as emissões de carbono dos veículos com motor de combustão interna.

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